O Corpo de Bombeiros teve dificuldade para controlar o incêndio ocorrido na madrugada desta terça-feira, 7, na esquina das ruas Paisagística e Pioneiro Lívio Olivo, no Parque das Laranjeiras, em Maringá, que matou carbonizados os irmãos Kléber Rogério Cavalheiro, de 6 anos, e Jean Antonio Baierli, de 13, deixando ainda gravemente ferido o irmão mais velho, Geovane Amaro da Silva, de 18, que sofreu queimaduras graves em mais de 90% do corpo.
A dificuldade para apagar o incêndio foi porque a casa tinha grande quantidade de roupas em todos os cômodos, do piso ao teto, e as chamas sempre recomeçavam nos montes de roupas.
Segundo vizinhos e familiares, a dona da casa, a cozinheira Aparecida, que morava com os quatro netos – um deles, Angelo Gabriel, de 9 anos, conseguiu sair sem sem atingido pelo fogo – sofre da síndrome da acumulação e todos os dias voltava para casa trazendo roupas, tecidos e outros materiais que ganhava ou achava nas ruas. Tudo era acumulado dentro de casa, de modo que as pilhas de roupas ocupavam todos os cômodos do piso ao teto, a ponte de as pessoas terem dificuldades para se locomover dentro de casa.
Essas pilhas de roupas podem ter facilitado a proliferação das chamas, bem como produziu grande quantidade de fumaça, impedindo os pequenos Kléber e Jean Antonio encontrar um caminho para sair da casa.
Geovane, que junto com Angelo e a avó, tinha saído da casa, se apavorou em ver que os irmãos menores não tinham saído e acabou retornando para a casa em chama. Mas, além de não localizar os irmãos, ele também foi atingido pelas chamas, além de inalar grande quantidade de fumaça. Ele foi socorrido pelo Siate, intubado no local e levado para um hospital em estado grave.
Sobrecarga na rede elétrica
As investigações da perícia começam a partir da informação de que foi visto fumaça e faíscas em uma tomada em que vários aparelhos estavam ligados. Angelo Gabriel acordou de noite e viu faíscas na tomada e em seguida começou o incêndio.
Para os bombeiros, com a casa entulhada de tecido e outros objetos inflamável, as chamas cresceram rapidamente, tomando toda a casa em minutos.
Outras três casas existentes no mesmo terreno, onde moram filhos e netos de dona Aparecida, também foram atingidas pelas chamas, mas a chegada do Corpo de Bombeiros impediu que fossem consumidas. Mas, a casa principal foi totalmente destruída porque havia grande quantidade de material que serviu de combustível para o fogo.