Adolescente de Maringá é apreendido por apologia ao nazismo e ao terrorismo

Adolescente é apreendido em Maringá por apologia ao nazismo e ao terrorismo

A Polícia Civil de Maringá apreendeu na última quinta-feira, 12, um adolescente envolvido na prática de crimes digitais, que estaria usando perfis em redes sociais e aplicativos de diálogo para disseminar conversas de cunho terrorista, como fotografias de arma de fogo e discursos fomentando atos de violência contra grupos de pessoas.


A ação foi um esforço conjunto entre os Setores de Inteligência da 9ª Subdivisão Policial de Maringá, da Polícia Civil do Paraná, da Polícia Civil de São Paulo e da Secretaria Nacional de Segurança Pública (Senasp) do Ministério da Justiça.


Há suspeitas de que o rapaz faz parte de uma célula nazista que pode ter atuação em Maringá e região. A polícia já sabe que ele coordenada um grupo com mais de 300 pessoas, mas não se sabe ainda quais delas possam estar envolvidos em atividades ilícitas.


A polícia deve investigar se as atividades dele têm alguma relação com uma camiseta com mensagem nazista que foi usada por uma servidora do Colégio Gastão Vidigal, em abril.


O garoto de 17 anos, aluno do Colégio Gastão Vidigal, mora com a avó em uma casa do Jardim Dias. Na quarto dele foi encontrada na parede uma bandeira com alusão ao nazismo e vários pequenos objetos que a polícia suspeita que também façam alusão ao nazismo.


Ele desde quinta-feira recolhido provisoriamente no Centro de Socioeducação (Cense) de Maringá e à disposição da Justiça. A avó, que diz que não sabia do envolvimento do neto com atividades criminosas, também deverá ser denunciada.


Fotos de meninas nuas e automutilação

Durante as diligências, foram recolhidos indícios que ele se valia dos mecanismos digitais para compartilhar fotos íntimas e dados de várias meninas menores de idade e incentivá-las a automutilação, através de ameaças, para satisfazer o próprio ego e demonstrar poder. Inúmeras fotografias de adolescentes em cenas de nudez e de pornografia infantojuvenil foram encontradas armazenadas em aparelhos celulares.

Além disso, há indicativos de que o adolescente usava esses grupos nos aplicativos para disseminar e discutir ideais nazistas, como menções à suástica, premissas xenófobas, discursos de Hitler, dentre outros.


O adolescente foi autuado em flagrante pelo cometimento, em tese, das infrações de atos preparatórios para o terrorismo; apologia ao nazismo (crime contra o racismo); induzimento à automutilação; e guarda de material contendo cenas de sexo/nudez envolvendo menores.


Um dos atos preparatórios para o terrorismo pode ser o planejamento de um ataque a tiros em uma escola de Maringá. O rapaz que foi preso teria se negado a atirar contra estudantes e professores, mas a polícia não descarta a hipótese de outra pessoa ser escolhida para realizar um ataque a uma escola, possivelmente o Colégio Gastão Vidigal.


Há dois anos foi encontrada uma mensagem em um banheiro do Gastão anunciando um massacre, mas nada aconteceu.

 

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