Gal Costa traz a Maringá

Gal Costa canta em Maringá em show gratuito

Considerada uma das mais importantes cantoras da história da música popular brasileira, com quase 60 anos de carreira, dezenas de discos e milhões deles vendidos, Gal Costa será a atração no encerramento do primeiro dia da Virada Cultural 2022, de Maringá, no próximo dia 30. Ela traz a Maringá o show “As Várias Pontas de uma Estrela”, que começou a ser apresentado antes da pandemia da covid-19, foi suspenso e agora voltou a correr o País.

 

O show da estrela acontece às 21 horas na Praça Salgado Filho, mais conhecida como o gramadão do Aeroporto Velho, no bairro Aeroporto – Zona 8. Outros artistas se apresentam antes de Gal e, a exemplo do formato desde que foi criada a Virada, todos os espetáculos são gratuitos.

 

O show de Gal marca a volta da Virada Cultural presencial. Nos últimos dois anos, devido a pandemia, as apresentações eram na internet, mas sempre ao vivo e com os artistas presentes em Maringá.

Gal Costa

 

Ela se apresenta com trio formado pelos músicos André Lima (teclados), Fábio Sá (baixo elétrico e acústico) e Victor Cabral (bateria e percussão).

 

“Será uma Virada Cultural marcante e já começamos com a confirmação de um grande nome da música brasileira”, destaca o secretário de Cultura, Victor Simião. Nos próximos dias, a Prefeitura de Maringá anunciará outras atrações e a programação completa do evento.

 

As várias pontas da estrela Gal

O show que Gal traz a Maringá é projeto existente desde 2016 e é alinhavado a partir da obra de Milton Nascimento. A música que dá nome ao show e disco de Gal foi composta por Milton Nascimento e Caetano e foi gravada pelos dois juntos no disco Anima, de Milton, de 1982.

 

Alguns artistas que participaram da Virada Cultural

  • Paulinho Moska
  • Roberta Sá
  • Karol Conca
  • Lenine
  • Toquinho
  • Wanderléa
  • Zeca Baleiro
  • Emílio Santiago
  • Sandra de Sá
  • Ana Cañas

 

Nunca cantada por Gal, As Várias Pontas de uma Estrela guia roteiro que, além de músicas de Milton gravadas pela cantora em 56 anos de carreira fonográfica, abrange também composições de Tom Jobim, Caetano Veloso, Chico Buarque e Dorival Caymmi já abordadas por Gal. A ideia é promover conexões do cancioneiro monumental de Milton com a obra de Gal.

Gal Costa e Elis Regina

Gal Costa e Elis Regina cantaram juntas em um programa na Globo comandado por Elis, na década de 1970 Foto: Arquivo

 

Um pouco da história de Maria da Graça

Gal Costa está na estrada desde o início da década de 1960, época em que surgiram alguns dos principais nomes da música da Bahia, sempre na cola de veteranos como Dorival Caymmi e do revolucionário João Gilberto. Aliás, os dois têm tudo a ver com o início da carreira de Gal.

 

Maria da Graça Costa Penna Burgos trabalhou em uma loja de discos em Salvador, onde conheceu o cantor de bossa nova João Gilberto. Também amiga de Sandra e Dedé Gadelha, em 1963 a cantora é apresentada a Caetano Veloso, então marido de Dedé. Em 1964, Gal participou da inauguração do Teatro Vila Velha (Salvador) ao lado de artistas como Caetano Veloso, Gilberto Gil, Maria Bethânia, Tom Zé e outros através do espetáculo “Nós, Por Exemplo…”

 

Ainda com o grupo, Gal Costa apresenta os espetáculos Arena Canta Bahia e Em Tempo de Guerra (1965), além de gravar “Eu Vim da Bahia”, de Gilberto Gil, e “Sim, Foi Você”, de Tom Jobim e Vinícius de Morais.

 

Daí em diante, ninguém segurou mais. Gravou duas músicas do álbum do Tropicália ou Panis et Circencis (1968), lançado por ela, Caetano, Gilberto Gil, Nara Leão, Os Mutantes e Tom Zé e os arranjos do maestro Rogério Duprat. Em 1968, a cantora esteve presente no 4º Festival de Música Popular Brasileira da TV Record com a música “Divino Maravilhoso”, de Caetano, ficando em 3º lugar. No ano seguinte, mais dois álbuns foram lançados, Gal Costa e Gal, com músicas de Roberto Carlos e Erasmo Carlos.

Gal Costa em Maringá

Jorge Benjor, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Rita Lee, Gal Costa, Arnaldo Baptista e Sérgio Batista (Mutantes) em 1967

 

Com o álbum “Fa-Tal: Gal a Todo Vapor”, gravado ao vivo, a cantora reforça a sua representatividade dentro do Tropicalismo, enquanto os seus parceiros Caetano e Gil estavam exilados.

 

Ao longo de seus mais de 55 anos de carreira, Gal lançou 43 álbuns, tendo 12 DVDs gravados e já foi indicada cinco vezes ao Grammy Latino e foi vencedora do Prêmio da Música Brasileira (2016) na categoria de melhor cantora.

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado. Campos obrigatórios são marcados com *