A história de um empresário mergulhado em profunda depressão após ficar paraplégico em consequência de um acidente e foi salvo pela relação com um homem preto, estrangeiro e irregular no país, emocionou o público quando retratada no filme “Intocáveis”, um dos maiores sucessos do cinema francês. O homem que inspirou a história, o aristocrata e empresário Philippe Pozzo di Borgo, morreu nesta sexta-feira no Marrocos, onde vivia.
O diretor de “Intocáveis”, Eric Toledano, afirmou que “É um choque e, acima de tudo, uma imensa tristeza, porque essa foi uma relação que teve uma longevidade incrível. Mantivemos contato, fizemos operações juntos, trocamos correspondências e nos encontramos várias vezes”, afirmou o diretor .
Philippe Pozzo di Borgo nasceu em 1951 em Túnis, na Tunísia, em uma antiga família nobre da Córsega. Ele foi executivo da empresa de champanhe Pommery. Em 1993, ele sofreu um acidente de parapente e ficou tetraplégico.
Essa história foi adaptada para as telas em “Intocáveis”, um sucesso de 2011 que atraiu quase 20 milhões de espectadores aos cinemas. Os dois homens são retratados por François Cluzet e Omar Sy (este último venceu o César de Melhor Ator em 2012; o prêmio é considerado o Oscar da França).
Sy, que ficou mais famoso atuando na série Lupin, publicou uma mensagem na sua conta no Instagram em que diz que Borgo está “para sempre em nossos corações”.
Vendido em quase 50 países, “Intocáveis” teve 19,49 milhões de espectadores na França e obteve um sucesso excepcional na Europa – especialmente na Alemanha, Suíça, Espanha e Itália. Também foi adaptado nos Estados Unidos (“The Upside”) com Bryan Cranston e Kevin Hart.
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