O imóvel que faz parte da história dos pioneiros já fooi moradia de usuários de drogas e teve roubado tudo que existia em seu interior
Luiz de Carvalho
Cinco anos depois de a União assinar a cessão do prédio do antigo aeroporto de Maringá para o município instalar um museu histórico, a prefeitura de Maringá contratou o Instituto de Arquitetos do Brasil – Núcleo de Maringá, para a elaboração de um concurso público nacional que definirá uma empresa para a criação do projeto arquitetônico do museu.
A cessão vale por 20 anos e o imóvel somente poderá ser utilizado por um museu.
A pretensão da prefeitura é que no local seja instalado o Museu de História e Arte Hélenton Borba Cortes, que existe há quase 30 anos e seu acervo de cerca de 5 mil peças está em uma área de 700 metros quadrados do Teatro Calil Haddad. O nome é uma homenagem ao médico e vereador que em 1964 apresentou na Câmara um projeto de lei que criou o primeiro museu da cidade.
Nobreza depois do abandono
O antigo aeroporto de Maringá, que recebeu os primeiros pousos na década de 1940 e foi inaugurado em 1953, dentro das comemorações da elevação de Maringá à categoria de município, eleição do primeiro prefeito, primeira câmara e instalação da usina de geração de energia elétrica.
Depois que deixou de ser aeroporto, ficou ocioso, chegou a hospedar órgãos públicos e a prefeitura por algum tempo manteve no prédio a Secretaria de Mobilidade Urbana, que depois saiu de lá para pagar aluguel em outro imóvel.
Há mais de 10 anos o prédio permaneceu abandonado, virou moradia de andarilhos e usuários de drogas, teve fiação elétrica, portas, janelas, sanitários, enfim, tudo furtado.
O Museu de História e Arte vai ficar na área mais nobre da cidade, onde terá a Prefeitura, Câmara Municipal, Delegacia Cidadã, Fórum, fóruns Eleitoral e Trabalhista, Parque Linear e o bairro mais sustentável do mundo, o Eurogarden, além de manter o prédio do aeroporto, em torno do qual nasceu o bairro de ganhou nome de Aeroporto e é uma construção que faz parte da história do município.
“Maringá é uma cidade jovem, mas com muita história para contar. A transformação do prédio do antigo aeroporto em museu reforça o compromisso da gestão municipal com a preservação dos registros históricos que mostram o desenvolvimento e importância da nossa cidade”, afirma o secretário de Cultura, Victor Simião.
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