Veterinária Camila Murta ajuda a salvar Pets na enchente do Rio Grande do Sul

Veterinária Camila Murta, de Maringá, enfrenta enchente no Rio Grande do Sul para salvar animais

Acostumada a realizar o resgate de cães e gatos abandonados nas ruas de Maringá e Sarandi, a médica veterinária Camila Murta passou duas semanas salvando animais no Rio Grande do Sul, Estado que vem sendo assolado pela maior enchente da história, com destruição de cidades, dezenas de mortes de pessoas e deixando desabrigados aproximadamente 700 mil moradores. Ao retornar para Maringá, a profissional trouxe 19 animais, que serão colocados para adoção.


Durante 15 dias, Camila Murta ajudou a salvar animais que estavam morrendo afogados ou de fome. Centenas de outros protetores de animais, procedentes de vários Estados, também estavam no Rio Grande do Sul lutando pela vida de milhares de animais em regiões invadidas pela água. Abrigos e hospitais veterinários foram improvisados, rações e remédios chegavam de todo o País, mas tudo que pode ser feito foi insuficiente diante da grande quantidade de animais que ficaram para trás quando seus donos fugiram da enchente. Muitos ficaram amarrados, presos, em locais de difícil acesso para a chegada do resgate, e outros fugiram da subida das águas, não conseguiram mais voltar e ficaram perdidos.


Com apoio de voluntários, cachorros, gatos e até cavalos foram resgatados de cima de telhados, de dentro de residências e nadando nas águas de municípios como Canoas, Porto Alegre, Eldorado do Sul e São Leopoldo.


Muitos protetores que foram ao Rio Grande do Sul lutar pela vida de animais, ao retornarem, estão levando alguns animais para seus Estados para não deixá-los abandonados. Foi o que fez Camila Murta, que trouxe para Maringá 19 cães, machos e fêmeas, de diferentes raças, tamanhos e idades. Todos estão abrigados em sua clínica veterinária, a Voltei a Latir, na Rua Mitsuzo Taguchi, em frente à Aldo Solar.


“Os animais estão com quadro de estresse depois de passarem dias na água, em abrigos e o período da viagem até a chegada em Maringá”, diz a veterinária, que agora conta com o apoio de protetores de animais de Maringá para melhorar as condições dos cães.

 

Os animais, a maioria recolhida em beiras de estrada, estão registrados e poderão ser devolvidos a seus proprietários, se for possível, ou adotados.


Sobre a condição de saúde dos animais, a maioria deles chegou a Maringá com erliquiose, conhecida como doença do carrapato, mas, segundo Isa Simões, protetora animal independente que está auxiliando nos cuidados, todos eles estão recebendo tratamento adequado, serão vacinados, vermifugados e castrados, e só depois estarão disponíveis para adoção.

 

 

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