Ulisses Maia explica motivos para empréstimo de R$ 200 milhões

Ulisses Maia diz que deixar empréstimo aprovado é um apoio à administração futura

O emprestimo de R$ 200 milhões que a prefeitura de Maringá está fazendo para a realização de obras, que dividiu opiniões nos últimos meses de 2023 e foi retirado temporariamente da pauta de votação da Câmara por recomendação do Ministério Público, foi o assunto do prefeito Ulisses Maia (PSD) na volta de suas férias, nesta semana. O assunto voltou à baila porque o MP revogou a recomendação e assim a autorização para o empréstimo pode ser votada pelo Legislativo a qualquer momento.

 

Tanto no café da manhã com a Imprensa, quarta-feira, quando na sessão de abertura do ano legislativo, na Câmara, quinta-feira, 1º, o prefeito disse que o Ministério Público recomendou a retirada do projeto de pauta porque surgiram dúvidas, apresentadas por pessoas que certamente eram contrárias ao empréstimo por razões diversas, inclusive eleitorais.
Como órgão de controle, o MP precisou tempo para analisar o processo e chegou à conclusão que as dúvidas não se justificavam.

 

“O Ministério Público revogou a recomendação, demonstrando a lisura e regularidade do processo. A linha de crédito concedida pela Caixa é a garantia da continuidade de obras importantes para Maringá e não apenas para este ano, mas principalmente para os próximos anos”, afirmou.

 

Empréstimo é herança valiosa

O prefeito disse que a obtenção de empréstimos, mesmo nos últimos anos das administrações, é normal e necessária. “Não é minha administração que vai usar esse dinheiro. Pelo menos dois terços do montante ficará para a próxima administração, o que significa que o próximo prefeito já começa a trabalhar realizando obras, porque terá o dinheiro”.

 

Ulisses Maia citou o caso de obras que foram realizadas com dinheiro captado por gestões anteriores. “O Terminal Urbano, o Corredor da Morangueira (de ônibus), os terminais do transporte coletivo nas avenidas Morangueira e Kakogawa, as obras da Avenida Alício Arantes Campolina, da Rua Cristal, paralela ao Ribeirão Mandacaru, a ponte da Avenida Alexandre Rasgulaeff e outras foram inteiramente executadas em nosso primeiro mandato, mas o empréstimo, junto ao BID [Banco Interamericano de Desenvolvimento], foi feito por administrações anteriores.

empréstimo

O Terminal Urbano de Maringá foi inteiramente construído na administração Ulisses Maia, mas os recursos foram conseguidos na administração de Roberto Pupin Foto: Arquivo

 

Segundo o prefeito, “se eles [Silvio Barros e Roberto Pupin] não tivessem deixado esses empréstimos encaminhados, essas obras não teriam sido feitas. Assim como encontramos dinheiro para obras, queremos deixar para os prefeitos que virão”.

 

O prefeito disse que, assim como encontrou dinheiro para começar a trabalhar, sua administração também pagou dívidas deixadas pelos prefeitos anteriores. Isto, segundo ele, é normal e necessário.

 

Um caso de amor antigo

Desde que assumiu a prefeitura de Maringá, em 2017, o prefeito Ulisses Maia (PSD) participou de todas as sessões da Câmara de abertura do ano ou semestre legislativo. Já são 15 vezes e em todas elas ele usou a tribuna para saudar os vereadores e enaltecer a parceria entre Executivo e Legislativo em Maringá.

 

Mas, o relacionamento de Ulisses com a Câmara começou décadas antes. Desde que tinha 15 anos de idade ele comparecia regularmente ao plenário para acompanhar as sessões, na década de 1990, já formado em Direito, foi assessor Jurídico, depois assessor Legislativo, até que em 1996 foi eleito vereador e presidente da Câmara.

Empréstimo de R$ 200 milhões

A presença de Ulisses Maia na Câmara não é novidade… há 40 anos Foto: Marquinhos Oliveira

 

 

Nos anos seguintes ocupou outros cargos públicos e depois voltou a ser vereador e novamente presidente da Casa, até que se tornou prefeito, depois foi reeleito, mas sempre presente às atividades da Câmara.

 

 

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