O alemão rico que viveu entre os desbravadores de Maringá enquanto acontecia a 2ª Guerra Mundial foi responsável pela criação dos dois primeiros templos cristãos da região
A história do padre Emílio Clemente Scherer, o alemão que se instalou onde hoje é Maringá na década de 1930, que sempre foi nebulosa por falta de dados confiáveis, finalmente será melhor mostrada graças a um levantamento que está sendo realizado por historiadores para o portal Maringá Histórica. A equipe vai à Europa em busca de informações que completem a história de Scherer.
O padre, cujo nome verdadeiro era Emil Clemens Scherer, era alemão e chegou ao Brasil fugindo das movimentações políticas e ideológicas que aconteciam em seu país e resultaram no Nazismo, se instalou onde hoje é Maringá após comprar terras onde hoje fica o bairro Cidade Alta e fez construir a Capela São Bonifácio, uma arquitetura moderna em plena mata. Ele foi responsável também pelas primeiras missas para os desbravadores e pioneiros e pela construção da Capela Santa Cruz.
O Maringá Histórica está produzindo o documentário de média-metragem “Scherer: do nazismo à terra vermelha”, com roteiro e direção de Miguel Fernando, criador e gestor do Maringá Histórica. Após pesquisa histórica realizada pelo proponente, juntamente com os historiadores Rogério Recco e Marco Antonio Deprá, foi possível escrever o roteiro e organizar as filmagens. A equipe agora se prepara para embarcar para a Europa, onde rodará cenas em Mutzig e Estrasburgo (França), Londres (Ingaterra), Stuttgart, Munich e Metten (Alemanha), além de Maringá, Rolândia e São Paulo.
Miguel Fernando (ao centro) com a equipe que produz o documentário sobre o padre Emílio Clemente Scherer Foto: Divulgação
“O objetivo é mostrar as relações que Maringá manteve, na perspectiva histórica, com eventos de impacto global durante o século XX, como a Segunda Guerra Mundial. Vamos desvelar muita coisa acerca desse personagem que, sem dúvida, é um dos mais importantes na perspectiva de formação social e religiosa da cidade nas décadas de 1940 e 50”, explica o diretor Miguel Fernando.