Diretores das unidades penitenciárias de Maringá aguardam com expectativa o resultado do vestibular para o curso de Serviço Social a que vários presos se submeteram recentemente. Os que forem aprovados vão poder fazer o curso superior na prisão por meio da Fanduca, uma avançada plataforma digital educacional. Os presos que fazem vestibular na prisão vem aumentando a cada ano.
Prestar prova do vestibular é uma iniciativa dos próprios presos que concluíram ou estão em fase de conclusão do 2º grau e desejam da continuidade aos estudos. Além de dispor de tempo para os estudos, os aprovados receberão os materiais necessários e darão continuidade ao processo de remição de pena. A cada 12 horas de estudo eles terão reduzido um dia da pena.
“A remição é um grande estímulo, mas os candidatos prestaram provas porque querem mesmo fazer um curso superior e terem uma profissão definida para quando saírem da prisão”, diz a pedagoga Ivanir Jolio, que coordena o ensino na Penitenciária Industrial de Maringá – Unidade de Progressão (PIM-UP). Segundo ela, um diploma de curso superior e uma profissão são os estímulos que movem os estudantes presos.
Os vestibulares para presos são oferecidos em parceria da Polícia Penal do Paraná (Deppen) e Secretaria de Segurança Pública com instituições de ensino públicas ou privadas, como as universidades estaduais de Maringá (UEM), Londrina, Ponta Grossa e Cascavel, além dos Institutos Federais. Este que foi realizado neste mês a parceria foi com a Universal nos Presídios (UNP), entidade ligada à Igreja Universal que faz um trabalho de apoio espiritual nas unidades prisionais, e a plataforma Fanduca,desenvolvida pela empresa Valotto Investimento Educacional, hoje uma das melhores do mundo com cursos gratuitos e pagos e ações de extensão.
O coordenador regional do Deppen em Maringá, Júlio César Vicente Franco, afirma que existem estudos que comprovam que os presos que tiveram oportunidade de cursar uma graduação, a taxa de retorno ao sistema prisional reduziu muito, diferente daqueles que não participaram de nenhum tipo de reinserção”.
O diretor da PIM-UP, Vaine Gomes, elogiou os esforços dos estudantes para chegarem até o vestibular e os professores que fizeram a preparação dos presos para as provas. Segundo ele, a Secretaria de Segurança do Paraná, por meio da Polícia Penal, se preocupa em fazer com que a pessoa que por algum motivo deu entrada no sistema penitenciário saia em condições de reestabelecer sua vida em sociedade com alto nível de qualificação.
Também o vice-diretor Vitor Scaramella, o chefe de Segurança Paulo Rafael Marques e p pastor Alexandre Pereira, da Igreja Universal, elogiaram os candidatos e os professores.
Desta vez foi oferecido também o curso de Pedagogia, mas todos os candidatos optaram pelo de Serviço Social.
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