Começaram nesta segunda-feira, 22, na Sala 8 do Bloco 8 do Departamento de Música e Artes Cênicas da Universidade Estadual de Maringá (UEM), as aulas do segundo módulo do projeto Ópera, Por Que Não? pretende criar uma aproximação de cantores, pianistas e público com a música lírica.
O projeto ocorre em Londrina e Maringá, mas o objetivo é alcançar moradores de todos os municípios da região das duas cidades. Embora as aulas já estejam acontecendo, ainda é possível se inscrever e participar do projeto.
Tem produção da PÁ! Artística e como proponente a I BRAVISSIMI. Apoio cultural da Secretaria Municipal de Cultura de Maringá, Secretaria Municipal de Londrina, UEM, UEL, Conservatório Musical de Londrina e da Associação de Amigos do Festival de Música de Londrina.
Participam desse módulo como professores o tenor Paulo Mandarino e o pianista Matheus Alborghetti.
Ao todo, serão seis módulos de ensino, mais um módulo especial de montagem do espetáculo de encerramento. Todos os selecionados participarão de forma gratuita, pois o curso será inteiramente fornecido pelo projeto. Custos com deslocamentos, hospedagem e alimentação ficam a cargo dos próprios alunos.
O “Ópera, Por que Não?”, aprovado pelo Programa Estadual de Fomento e Incentivo à Cultura do Paraná (Profice) e com o apoio da Copel, nasce da vontade de lançar uma semente que possa germinar e florescer nos próximos anos, sendo ponto de partida para o encontro do público com este gênero artístico e também para o desabrochar de novos artistas, ideias, obras e pesquisas relacionadas a esta arte que ainda provoca curiosidade, contemplação e encantamento.
“Um dos objetivos deste projeto é mudar o pensamento preconcebido de algumas pessoas que acham que ópera é uma arte elitizada, destinada às grandes salas de espetáculo e para um público de gosto musical refinado”, diz Álvaro Canholi, produtor executivo e um dos idealizadores do projeto Ópera, Por Que Não?.
Segundo ele, a música lírica pode ser interpretada por cantores que até então não conhecem ópera e acompanhada por instrumetistas que talvez estejam voltados para outros estilos. E o que mais importante: pode ser apreciada e entendida por ouvintes ‘comuns’, que até então estavam mais interessados em estilos considerados mais fáceis. Ao invés dos imponentes teatros, o canto lírico pode chegar ao público em locais abertos e em um café concerto, por exemplo.
“A ópera é o gênero mais popular na área lírica, que engloba teatro, dança e música”, diz o produtor.
Segundo Canholi, Ópera, Por Que Não? é um projeto pedagógico que traz professores de diferentes regiões do Pais e do exterior, cantores e pianistas não precisam ser da área lírica, mas é ideal que a pessoa já tenha iniciação musical.
Tem produção da PÁ! Artística e como proponente a Associação Cultural Italiana de Londrina (I Bravissimi). Conta ainda com apoio cultural da Secretaria Municipal de Cultura de Maringá, Secretaria Municipal de Londrina, UEM, UEL, Conservatório Musical de Londrina e da Associação de Amigos do Festival de Música de Londrina.
A ópera vai ao Café Concerto
O projeto é também uma iniciativa de formação de público para a arte do canto lírico, pois levará apresentações de artistas em processo de formação para a população paranaense. Os encontros do público com o projeto acontecem com entrada gratuita e classificação livre.
Cada recital contará com cantoras líricas selecionadas pelo projeto, acompanhadas pelo pianista Matheus Alborghetti. As masterclasses acontecem em vários períodos, seguindo a disponibilidade dos selecionados, sendo que o primeiro módulo tem como professores o tenor Paulo Mandarino, a cantora Izabel Padovani e o Maestro Alessandro Sangiorgi que também é diretor artístico do projeto, acompanhados pelo pianista Matheus Alborghetti.
O tenor Paulo Mandarino estudou piano, violino e regência, além do canto lírico e sua estreia profissional foi como Edgardo, em Lucia di Lammermoor, de Donizetti, em 1988. Desde então, apresenta-se com regularidade nos teatros e casas de concertos no Brasil. Em 2001, recebeu do Ministério da Cultura a Bolsa Virtuose, para aprimorar seus conhecimentos na Accademia Lirica Italiana, em Milão, com o tenor Pier-Miranda Ferraro. Já se apresentou em várias cidades no Brasil e na Europa e em salas de concerto e festivais.
A cantora Izabel Padovani vem se destacando na cena musical brasileira desde sua volta ao Brasil depois de uma década vivendo em Viena, na Áustria. Em 2005 venceu o respeitado Prêmio Visa de Música Brasileira, fato que serviu como ponte para sua volta definitiva ao país. Graduada em Licenciatura em Música pela UFSCar e pós-graduada em Música pela Unicamp, é professora de Técnica Alexander, formada pelo The Alexander Technique Teacher Trainning Centre, em Viena, e vice-diretora da escola Centro de Estudos da Técnica Alexander em São Paulo. Em Londrina, durante o primeiro módulo, realiza um workshop para os inscritos sobre a Técnica Alexander, um método de reeducação psicofísica que foi desenvolvido por Frederick Matthias Alexander no final do século XIX e que visa a reeducar os padrões de movimento e postura, promovendo maior consciência corporal e eficiência nos movimentos do dia a dia.
O maestro Alessandro Sangiorgi nasceu em Ferrara, na Itália e se formou em piano pelo Conservatório de Milão com especialização em composição e regência. Além de Itália e Brasil, regeu Orquestras em países como Bélgica, Bulgária, Croácia, Holanda, Israel, Japão, República Checa, República Eslovaca, Rússia, Sérvia e Suíça. Pelos méritos artísticos realizados no Exterior, foi agraciado pelo Presidente da República Italiana com o título de “Cavaliere dell’Ordine della Solidarietà”. Atualmente é Regente Assistente do Theatro Municipal de São Paulo.
O pianista Matheus Alborghetti, que se formará como Bacharel em Piano pela Embap/Unespar, trabalha no meio operístico como colaborador/correpetidor desde 2014 e com corais desde 2009. Atualmente é regente do Coral Ítalo-brasileiro do Circolo Italiano di Joinville, e desenvolve trabalhos de correpetição operística e de música de câmara com diversos instrumentistas, cantores e corais.
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