A informação que deve ocupar boa parte do noticiário desta quinta-feira partiu do colunista Guilherme Amado, que já foi do Sistema Globo e agora está na linha de frente dos bastidores da política no portal Metrópoles, de Brasília: o presidente Jair Bolsonaro e a sub-procuradora-geral Lindôra Araújo mantêm encontros secretos desde 2020 e ele teria prometido que ela será a próxima procura geral da República caso ele seja reeleito neste ano.
Foi Lindôra que nesta semana livrou Bolsonaro e seu time de denúncias apresentadas pela chamada CPI da Covid.
De acordo com o colunista, os dois primeiros encontros de Bolsonaro com a vice-procuradora-geral aconteceram por intermédio do ex-deputado federal Alberto Fraga, que levou Lindôra ao Palácio da Alvorada para apresentá-la ao presidente – à época, ela era coordenadora da Assessoria Jurídica Criminal da PGR.
Na primeira ocasião, Fraga atendeu a uma solicitação de Bolsonaro, que pediu ao ex-deputado para conversar com a vice-PGR. O presidente sabia da boa relação dela com Aras, mas ainda não tivera a oportunidade de conversar a sós com a subprocuradora. Na época, Lindôra tinha a prerrogativa de atuar em processos que tramitam no Superior Tribunal de Justiça. Conduzia, portanto, os inquéritos criminais de governadores de Estado, tanto aliados quanto adversários de Bolsonaro.
O presidente estava naquele momento ávido por informações sobre suspeitas e inquéritos instaurados contra Wilson Witzel e João Doria, respectivamente os governadores do Rio de Janeiro e de São Paulo na ocasião.