A obra musical conjunta do letista Fernando Brant e o músico Tavinho Moura, integrantes do chamado Clube da Esquina, foi reconhecida como Patrimônio Imaterial da Humanidade pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).
A Unesco concluiu que a obra dos artistas “reflete todas as camadas culturais, sociais, de conflitos de culturas e de rearmonização do mundo através das inúmeras referências às populações originárias, à população africana e às populações europeias que criaram, por meio de muitas batalhas, o que hoje podemos considerar a cultura da região de Minas Gerais”.
A Unesco considerou as melodias, as formas de tocar violão, os ritmos e os poemas das canções dos artistas.
“Trata-se, portanto, de um reconhecimento inédito de patrimônio cultural com autoria de nomes já mundialmente reconhecidos”, diz um documento assinado pelo diretor-geral adjunto de cultura da Unesco, Ernesto Ottone, e pelo titular da cátedra Unesco de filosofia da cultura e das instituições, Jacques Poulain.
A obra de Tavinho e Brant foi estudada pelo poeta, pesquisador e membro do Círculo Universal dos Embaixadores da Paz (ONU/Unesco), Lucas Guimaraens, que concluiu que três discos da dupla foram a “espinha dorsal” do trabalho: “Conspiração dos Poetas”, “Fogueira do Divino” e “O Anjo na Varanda”, todos da gravadora Dubas Música.
O reconhecimento da obra ocorreu no dia 25 de novembro, quando embaixadores de 197 países aprovaram