Foi com Ivens Lagoano Pacheco, a partir de 1953, que o jornalismo maringaense ganhou uma aparência mais profissional. Sob sua batuta, O Jornal de Maringá passou a circular regularmente nos finais de semana, depois passou a diário, firmando-se como um dos mais importantes jornais do Paraná.
Ivens, que tinha Lagoano no nome por nascer na cidade de Lagoa Vermelha, no Rio Grande do Sul, chegou a Maringá de carona em um caminhão. Como precisava de emprego procurou o proprietário do O Jornal, Olimpio Prompt, e encontrou-o tão bêbado que entregou-lhe a chave do jornal com a ordem: “se você sabe fazer jornal, vá lá e faça a edição do final de semana”. E voltou a beber.
O novo repórter foi, pegou papel e caneta e voltou para a rua, conversou com um, com outro, passou pela polícia, ouviu o Repórter Esso na Rádio Nacional e fez a edição.
Mais tarde, junto com os empresários Samuel Silveira – que tinha um serviço de alto-falante com caixas de som nos postes -, Mário Clapier Urbinatti, Helenton Borba Côrtes e João Menezes, Pacheco comprou o jornal, “consertou” a regularidade e, quando comprou uma linotipo no ano seguinte, todo o trabalho passou a ser feito em Maringá. Isto permitiu que O Jornal de Maringá passasse a ter edições diárias. E Ivens Pacheco era o dono do jornal, o repórter, o revisor, o diagramador, o corretor de anúncios e ainda tinha tempo para publicar uma revista e promover eventos.