Luiz de Carvalho
O empresário Ali Saadeddini Wardani, que morreu na manhã deste domingo aos 69 anos, vítima de complicações provocadas pela covid-19, fica na história de Maringá como um grande líder, sempre realizando, sem esperar retorno pessoal, ações que trouxessem benefícios na área social, ao comércio e aos imigrantes das nações árabes, como ele.
Comerciante do ramo de móveis, Wardani era o presidente do Sindicato do Comércio Varejista de Maringá e Região, o Sivamar, foi idealizador e presidente da Sociedade Beneficente Muçulmana, que construiu a Mesquita Sheik Mohamed Ben Nasser Al Ubudi no período em que presidiu a entidade.
Ali Wardani era imigrante libanês e chegou ao Brasil com 10 anos, morou primeiro em Jaguapitã, na região de Londrina, onde o pai, Saadeddini Wardani, montou um pequeno comércio, e em 1967 a família mudou-se para Maringá. Ali tinha 16 anos e aqui concluiu os estudos secundários, e, na sequência, entrou para o curso de Ciências Econômicas da Universidade Estadual de Maringá (UEM), formou-se, mas o sangue árabe o puxava para o comércio, atividade que ele conhecia desde menino, ajudando o pai.
Em 1984, Ali e a mulher, Jamili, criaram a loja Karina Móveis, na Avenida Brasil, e a partir daí o imigrante passou a atuar em benefício do comércio local e regional. Foi por vários mandatos presidente do Sivamar e seu trabalho deu-lhe respeito e liderança junto ao empresariado.
O falecimento de Ali Saadeddini Wardani teve repercussão em todo o Estado, principalmente junto às entidades que representam o empresariado. O vice-governador do Paraná, Darci Piana, como presidente do Sistema Fecomércio, fez circular uma Nova de Pesar pela morte do empresário maringaense, assim como fez o prefeito Ulisses Maia e representantes da colônia árabe e de outras entidades.
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