Falares, Festival de Literatura Oral de Maringá

A arte feita com palavra falada no Festival de Literatura Oral de Maringá

Batalhas de rima, show de rap, contação de histórias, enfim, 11 apresentações literárias orais em nove gêneros diferentes vão marcar a primeira edição do Falares – Festival de Literatura Oral, que o Selo Paraná Festivais realiza em Maringá no final deste mês e em maio. O Falares vai, por meio de apresentações gratuitas, integrar artistas da oralidade com o público de Maringá e região através de um espaço de encontro, difusão e consumo da palavra falada no interior do Paraná.


O projeto é dividido em dois momentos. Em abril, acontecem as ações de contrapartida social do projeto, levando espetáculos de contação de histórias e cantiga de roda para o público infantil de escolas públicas da região periférica de Maringá e espetáculos de repente para o público idoso atendido pelo Centro de Referência de Assistência Social (CRAS) Morangueira e pelo Centro Dia do Idoso. Já a programação de rua acontecerá no dia 4 de maio na Vila Olímpica, das 13h30 às 22 horas. Toda a programação será gratuita.


O projeto busca valorizar a literatura oral e o seu caráter estético, instigando a curiosidade do público por essas manifestações artísticas e incentivando o consumo delas. “Queremos que o público tenha contato com a literatura oral em diferentes apresentações, a fim de desconstruir essa ideia engessada de que a literatura é restrita ao suporte do livro. Por isso, construímos um festival com nove gêneros orais diferentes para mostrar a diversidade da cultura brasileira”, explica a coordenadora geral e curadora do projeto, Érica Paiva Rosa.


No dia 16 de abril a Cia Pedras, que existe desde 1994 em Maringá, apresenta o espetáculo “Histórias” para o público infantil da Escola Municipal Ariovaldo Moreno (Jardim Alvorada). As personagens Pepita e Pirueta contam histórias inusitadas após acharem o livro da vovó, utilizando bonecos e ludicidade.


No dia 23 de abril, a dupla de repentistas Matheus Ferreira e Fabiane Ribeiro faz uma Cantoria de Repente, na qual criam versos improvisados com muitas modalidades, como sextilhas, motes em sete, decassílabos, desafios, martelos, galopes, canções etc. Os repentistas explicam ao público cada uma das modalidades e improvisam os versos na cantoria. O poeta Matheus Ferreira tem 22 anos, é natural de Santo André (SP) e há 10 anos trabalha efetivamente com cantoria, tendo iniciado a sua carreira acompanhando o pai, também repentista, Manuel Ferreira. A poeta Fabiane Ribeiro tem 24 anos, é natural de Açailândia (MA) e há seis anos trabalha com cantoria, tendo iniciado sua carreira acompanhando o pai, também repentista, Carlito Ribeiro. Eles se apresentam às 8h30 no CRAS Morangueira e às 13h30 no Centro Dia do Idoso.

Falares, Festival de Literatura Oral

Os improvisadores Matheus Ferreira e Fabiane Ribeiro vão mostrar uma cantoria de repente semelhante aos desafios realizados pelos cantadores do Nordeste Foto: Divulgação


Por fim, no dia 25 de abril é a vez da Cia Mirabólica, de Curitiba, levar duas apresentações de cantiga de roda para os alunos da Escola Municipal Victor Beloti, a partir das 13h30. Fundada em 2014 em Curitiba (PR) pelos artistas Luz Medeiros, Ronaldo Pituim e Maiara Barros, a Cia possui uma pesquisa focada na comicidade, na cultura popular brasileira e na palhaçaria.


O espetáculo de Cantiga de Roda evoca a musicalidade das famosas cantigas e das brincadeiras de roda, como Ciranda, Cirandinha; Capelinha de Melão; Peixe Vivo; Borboletinha etc. As crianças são protagonistas do espetáculo cantando e dançando com os artistas.

 

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