Lissandro Moraes Branco colocou fogo em pensionato, matando três

Drogado pega 53 anos de prisão por fogo em pensionato que matou três

O indivíduo Lissandro Morais Branco, de 43 anos, morador em Sarandi, foi condenado a 53 anos de prisão por ter colocado fogo em um pensionato na Rua Tietê, próximo ao câmpus sede da Universidade Estadual de Maringá (UEM), causando a morte de três pessoas.

 

O caso aconteceu em novembro de 2022, um domingo. A casa, que se passava por pensionato, era na realidade uma boca de fumo e Lissandro a incendiou depois de fazer a cobrança da venda de três pedras de crack e não ter recebido.

 

A denúncia do Ministério Público do Paraná apontou os três homicídios consumados e dois tentados, com as qualificadoras do motivo fútil, uso de meio cruel e emprego de meio que dificultou a defesa das vítima.

 

O réu estava preso desde a época do crime e teve a prisão mantida, de modo que não poderá recorrer da sentença em liberdade. Ele foi preso no mesmo dia do crime, quando caminhava pela Avenida Colombo voltando a pé para Sarandi.

 

Ele foi reconhecido por pessoas que estavam na casa no momento em que começou o sinistro. Uma pessoa disse ter visto o momento em que ele ateava fogo na casa e câmeras de segurança de imóveis vizinhos mostram o suspeito deixando o local pouco antes de a casa ser consumida pelas chamas.

Incêndio em boca de fumo que se passava por pensionato na Rua Tietê

Em poucos minutos a casa de madeira foi consumida pelas chamas    Foto: Populares

 

Durante o incêndio morreu carbonizada Érica Thalita Rodrigues, de 25 anos. Alguns dias depois, morreu no hospital o estudante universitário Caio Henrique Bispo, de 27 anos, de depois morreu Ana Paula Silva, de 34 anos, que permaneceu dias internada na Ala de Queimados do Hospital Universitário de Londrina.

 

Mulher não conseguiu sair

Na hora do incêndio, nove pessoas estavam na casa, mas a maioria não morava no local. Era comum grupos se reunirem na casa para consumidor drogas. Vários conseguiram sair, mas uma mulher, Érica Thalita Rodrigues, de 25 anos, estava em um quarto e não conseguiu em tempo, morrendo carbonizada. Três outras pessoas foram socorridas em estado grave, foram intubadas pelos socorristas e encontram-se em Unidades de Terapia Intensiva (UTI), entre eles uma mulher grávida.

 

Pensionato virou boca de fumo

A casa de madeira na Rua Tietê, final da Rua Visconde de Nassau, é uma das mais antigas da área conhecida como Vila 7, com cerca de 70 anos. Após aquela região da cidade ser tomada por repúblicas de estudantes que chegavam para estudar na Universidade Estadual de Maringá (UEM), a casa virou um pensionato de estudantes, porém, nos últimos anos virou ponto de consumo e venda de drogas, além de ser usada por fugitivos da Justiça, assaltantes e ladrões.

 

Constantemente a casa recebe batidas policiais. Poucos dias antes do incêndio que consumiu o pensionato, a Polícia Civil prendeu um indivíduo que vinha cometendo furtos em casas da região e no local foram encontradas sete bicicletas. Poucos dias antes, um  morador esfaqueou outro em uma briga por causa de drogas.

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