Destaque na mídia especializada em gestão de negócios pelo bem sucedido processo de sucessão familiar, com os fundadores da empresa repassando o comando e aceitando as inovações trazidas por seus filhos, o Grupo GTFoods é notícia também pelos investimentos em modernização de plantas, melhorias em processos produtivos, novas tecnologias e pesquisa e desenvolvimento de produtos. Ultimamente, um dos destaques foi a GTFoods tornar-se a maior processadora de mandioca do Brasil.
Tradicional indústria de abate de frangos, iniciada em 1990 quando Rogério Gonçalves e Ciliomar Tortola abriram um galpão para comercialização de frangos vivos, a empresa de Maringá há cerca de 10 anos iniciou o processo de diversificação e entrou para o mundo da fécula em 2015, quando investiu R$ 38 milhões na aquisição da massa falida da Lorenz. Dois anos depois foram feitos investimentos para aumentar a capacidade e melhorar o desempenho das duas indústrias. Com isso, o faturamento anual quase dobrou, saltando de R$ 55 milhões para R$ 100 milhões e passou a operar em sua capacidade total – a ociosidade era de 60%.
Ultimamente, para aumentar a capacidade de processamento de raiz, desenvolver e lançar novos produtos e aumentar as exportações, o grupo empresarial investiu quase R$ 50 milhões e adquiriu mais uma fecularia, agora no Mato Grosso do Sul. Com a aquisição da Amidos Mundo Novo, o grupo passa a ter quatro unidades: uma em Cianorte e outra em Quatro Pontes, da antiga Lorenz; uma em Paranavaí, adquirida da Família Pratinha, a CM3, e agora a de Mundo Novo. Juntas, elas processam cerca de 25 mil toneladas/mês, assumindo a liderança entre as transformadoras de mandioca em fécula no país.
A intenção de aquisição foi anunciada no ano passado, quando, ao adquirir a CM3, a empresa manifestou a intenção de ter mais duas fecularias. “Nosso planejamento estratégico prevê até 2030 o grupo ter mais uma planta industrial, porque queremos que 60% do faturamento sejam de mercado externo”, revelou o gerente corporativo de Novos Negócios do grupo, Aleksandro Barboza Siqueira.
A fécula de mandioca é base de alimentos comuns na mesa dos brasileiros, como a famosa tapioca. O pó derivado do tubérculo – fino, branco, sem cheiro e sem sabor –, pode ser aplicado em produtos que utilizam farinhas regulares ou orgânicas, maltodextrinas, dextrinas, polvilho e amidos modificados ou pré-gelatinizados.
“Nosso objetivo é continuar investindo no segmento nos próximos anos, melhorando continuamente os nossos processos, buscando inovar e entender quais são as necessidades dos nossos clientes”, afirma Rafael Tortola, presidente do grupo GTFoods.
Exemplo disso, diz ele, é a tecnologia utilizada para desenvolver produtos orgânicos, que podem substituir ingredientes como, por exemplo, os açúcares. “Queremos ser protagonistas não somente no processamento de mandioca, mas no mercado de transformação de féculas e derivados como um todo.”
Os maiores compradores de fécula de mandioca brasileira nos últimos anos foram Estados Unidos, com 35,9%, e Paraguai, que adquiriu 32,9% do material exportado.