Maringá perdeu na última sexta-feira, 11, o pioneiro Levino Antonio Scalon, de 96 anos, patriarca da família proprietária da Scalon Confecções e que ficou muito conhecido quando tirou o cafezal de seu sítio e implantou uma das maiores criações de suínos do Paraná.
Quando chegou a Maringá no início da década de 1950, Levino comprou um sítio de quatro alqueires na antiga Estrada para Paranavaí, saida para Mandaguaçu, onde plantou café e, após as geadas de 1975, desenvolveu um trabalho de suinocultura que foi a principal atividade da propriedade por muitos anos.
“Quando chegamos aqui, o lugar mais perto que tinha gente e comércio era o Maringá Velho. Ficava a uns cinco quilômetros”, contava Levino.
O tempo foi passando, novos bairros foram abertos e a cidade encostou na propriedade de Levino Scalon, sua mulher Ema Belincanta e os seis filhos do casal.
Tudo ficou diferente, já não dava mais para manter a criação de centenas de porcos dentro da cidade e a família passou a investir no setor de confecções. Hoje a família tem uma das maiores empresas de Maringá de moda masculina, feminina e infantil.
“Seu” Levino há muito tempo não precisa mais trabalhar, deixou isso para guris, os seis filhos que ele e Ema tiveram.
Mas, mesmo depois que a antiga propriedade da família ficou dentro da cidade, a família aproveitou-a inteiro no novo ramo. Lá estão barracões de costuma e uma lavanderia, além da confortável casa cercado de palmeiras imperiais em que Levino viveu até o fim.
Foto: Edu Corrêa
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