Maringá perdeu nesta sexta-feira o fotógrafo Tabajara Marques, uma referência quando o assunto era bom gosto, referência quando o assunto era qualidade. Mas, além do profissional, foi-se uma pessoa, com facilidade para conquistar amigos e dificuldades para perdê-los. Amizade para Taba era para sempre.
Tabajara Marques tinha 74 anos, era do Rio de Janeiro, mas fez carreira em Maringá. Tinha sempre um ângulo diferente para captar uma imagem, mas sua especialidade eram fotos de pessoas, principalmente pessoas que por si só são diferentes, como índios e pessoas comuns das ruas. Mas também registrava as imagens de eventos e por algum tempo foi fotógrafo da Câmara Municipal. A Câmara publicou uma mensagem lamentando a morte de seu ex-fotógrafo.
Tabajara fez registros raros também de ambientes de Maringá. Algumas das mais belas fotografias do Parque do Ingá, do Jardim Japonês e outros ambientes foram gravadas por suas câmeras, suas lentes e filmes que ele mesmo revelava e copiava em papel.
O fotógrafo Tabajava viveu a transição do filme para o digital. Em pouco tempo, suas caríssimas máquinas fotográficas, entre as as Yashica 6 x 6 cm, especial para fotografar pessoas de perto e estáticas, foram substituídas pelas máquinas digitais. Como a maioria dos fotógrafos que amam a profundididade nas fotos, resistiu ao digital por um tempo, as acabou cedendo a passou a fazer fotos belas e diferenciadas também com máquinas que não tinham filme para ele se deliciar no laboratório.
Tabajara sofreu três acidentes vasculares cerebrais. O primeiro foi há oito anos, que o deixou com parte do corpo comprometida, mas sem impedir que trabalhasse. Na semana passada sofreu mais dois ataques e não resistiu.
No final de setembro de 2021 o setor de fotografias de Maringá perdeu o Franklin José de Lima, o Franquinho, que foi repórter fotográfico dos jornais Folha do Norte e O Diário.
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