A Polícia Penal do Paraná (PPPR), por meio de uma parceria com a Prefeitura de Astorga, tem empreendido esforços para ressocializar pessoas privadas de liberdade através de um convênio de trabalho. Existente há um ano, o projeto possui 11 mulheres custodiadas na Cadeia Pública de Astorga que trabalham na limpeza e manutenção de áreas públicas do município. O trabalho desempenhado por elas inclui desde a limpeza de ruas e órgãos públicos até pavimentação e tapa buracos de ruas e avenidas.
De acordo com o diretor de Serviços Públicos de Astorga e responsável pela distribuição das atividades das apenadas do projeto, Fábio Rossi Mathias, as custodiadas também realizam outros tipos de trabalho, quando necessário: “Elas também fazem a coleta de lixo orgânico e ajudam a tirar os móveis pela cidade”. Em 2022, as mulheres foram responsáveis pela instalação das estruturas e lâmpadas para os enfeites de Natal, lembra Fábio.
O coordenador regional de Maringá da Polícia Penal, Júlio César Vicente Franco, destaca que o trabalho tem um efeito positivo dentro e fora das cadeias, pois ajuda a manter a estabilidade das unidades: “Toda custodiada quer se ocupar e a sociedade também tem esse desejo de que a pessoa trabalhe, que pague pelo seu custo. É uma rede em que todos ganham. Faz parte do nosso papel ‘devolver’ uma pessoa melhor à sociedade”, diz.
Para a prefeita Suzie Aparecida Pucillo Zanatta (PP), o trabalho está sendo muito importante para a cidade e tem sido realizado com excelência pelas detentas: “Nossa cidade agradece a Polícia Penal, a Coordenação Regional de Maringá e aos gestores da Cadeia Pública, Michel Henrique Andrade Higino e Patrícia Feuser, pela parceria nesse projeto de suma importância. As detentas têm feito um trabalho de excelência na questão dos serviços públicos aqui no nosso município, atendendo toda a nossa comunidade. Parabéns e muito obrigada”.
A cada três dias de trabalho, menos um dia na cadeia
O Convênio entre a Prefeitura de Astorga e a Polícia Penal é autorizado e acompanhado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCE-PR) e segue princípios que significam vantagens para o município, para o sistema prisional e, principalmente, para as pessoas privadas de liberdade.
Ao trabalhar na limpeza pública, as custodiadas têm a oportunidade de passar os dias em liberdade, sempre supervisionadas por um policial penal, trabalhando em espaços abertos. Além disso, elas recebem o benefício de remição de pena e um salário mínimo, que serve para despesas pessoais, ajudar seus familiares e ainda ter uma parte reservada para reiniciar a vida quando concluírem suas penas.
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