Indígena Kunã Yporã

PSTU escolhe a indígena Kunã Yporã, a Raquel Tremembé, para a vice-presidência

O PSTU deverá participar das eleições deste ano com uma chapa que reflete bem o povo brasileiro, com uma mulher negra e operária disputando a Presidência da República e uma indígena disputando o cargo de vice-presidente.

 

Na próxima sexta-feira, 22, às 19 horas, o partido vai realizar uma live em suas redes sociais para lançar a pré-candidatura de Kunã Yporã a vice-presidente da República na chapa encabeçada por Vera Lúcia Pereira da Silva Salgado. Conhecida também como Raquel Tremembé, a pré-candidata a vice é uma indígena maranhense com amplo trabalho na defesa da Amazônia e da causa dos povos originários.

 

Kunã Yporã, a Raquel Tremembé, tem 39 anos de idade, é indígena da etnia Tremembé do Estado do Maranhão e é pedagoga. Ela é da Articulação da Teia de Povos de Comunidades Tradicionais do Maranhão e integrante da Secretaria Executiva Nacional da CSP-Conlutas. Ela diz que que é absurdo que, em pleno século 21, indígenas ainda sejam alvo de estereótipos, discriminação e violências.

indígena Kunã Yporã

Para Kunã Yporã, esta campanha será uma oportunidade para denunciar a situação dos indígenas, os ataques à Amazônia e para divulgar o programa do PSTU Foto: Divulgação

 

Kunã é parte atuante das mobilizações dos povos indígenas contra o governo de Bolsonaro e Mourão, que governam a serviço dos interesses de latifundiários, mineradoras, madeireiras, garimpeiros e grileiros, patrocinando diversos ataques aos povos originários, seja contra seus territórios, suas vidas e também de extermínio cultural.

 

Kunã Yporã e a defesa de uma sociedade igualitária

 “A chapa será composta por duas mulheres, uma operária negra e uma indígena, onde temos o desafio de apresentar um programa socialista contra toda forma de exploração e opressão. Na defesa de uma sociedade que respeite os direitos das populações tradicionais, dos povos indígenas, das comunidades quilombolas, assegurando demarcação, titulação e posse de suas terras e respeitando sua cultura e seu modo de vida”, afirma Kunã Yporã.

 

“A defesa de uma sociedade igualitária, sem explorados e oprimidos, onde os recursos naturais e a riqueza produzida pelo trabalho do povo sejam todas utilizadas para garantir vida digna a todas e todos, onde seja assegurada a preservação do meio ambiente. Uma sociedade que acabe com toda a violência contra os setores mais desprotegidos e que assegure a todas e todos não apenas condições materiais para uma vida digna, mas também acesso ao conhecimento, à cultura, ao lazer e a toda liberdade necessária para sua realização plena como seres humanos”, completa.

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