A partir deste domingo, 14 de janeiro, a coluna Reza a Lenda, do jornalista Luiz de Carvalho, passa a ser publicada também no jornal O Maringá, jornal semanal que circula na região de Maringá sempre aos domingos
Takao do Santos
Calma, gente, o título não está errado. É que nosso Takao Sato agora é do Santos, o Santos da Vila famosa, o Santos de Pelé, Coutinho, Pepe e Lima.
Ser homenageado é bom, se a homenagem for do time do coração, é ótimo, mas se a homenagem for entregue por seu ídolo de infância, aí não tem preço.
O samurai Takao foi homenageado pelo Santos Futebol Clube pelo trabalho que realiza para a difusão da cultura japonesa e ainda recebeu o pedido para divulgar a nova camisa do clube, a que faz alusão aos 115 anos da imigração japonesa para o Brasil. Os navios que vinham do Japão, como foi o caso do Kasato Maru, chegavam no porto de Santos.
A camisa 115 lhe foi entregue por seu ídolo de infância Lima, um dos jogadores mais ecléticos da história do futebol e que pertenceu àquele time histórico formado por craques históricos, como Pelé, Coutinho, Pepe…, aquele time que estava no seu álbum de figurinha.
Comunidade do Conhecimento
Hoje esse colunista está que não cabe em si. Nem em dó, nem em ré e muito menos em mi. Nem em mim. Deu um chute na modéstia e ficou rindo sozinho depois que o Wall Barrionuevo, diretor da radio e da TV UniCesumar, o convidou para um bate-papo no programa “Comunidade do Conhecimento”.
Dessa vez, o jornalista acustumado a falar dos outros foi cuidadosamente conduzido pelo entrevistador para falar de si mesmo, de sua história, sua visão de mundo e expectativa de futuro.
Barrionuevo, que além de jornalista e diretor da UniCesumar, é um dos maiores organizadores de eventos do Paraná, por meio da “Comunidade do Conhecimento” está construindo um completo arquivo sobre a história dos maringaenses.
Acompanhe o bate-papo, clique aqui.
Maringá patina, Sarandi sai na frente
Fundador de algumas das principais entidades assistenciais de Maringá, ‘inventor’ de uma catedral que ganhou fama mundial por sua arquitetura única, dom Jaime Luiz Coelho, primeiro bispo e arcebispo do noroeste do Paraná, é sempre citado como a pessoa mais importante da história de Maringá.
Nem todo mundo concorda com isto, mas todos reconhecem que ele foi grande, muito grande, e sua obra é para sempre. Porém, 10 anos após sua morte, a cidade para a qual foi tão importante ainda não soube homenagear seu líder.
É aí que Sarandi sai na frente. O prefeito Walter Volpato disse que a atual Avenida Nova São Paulo, projetada para ser a avenida mais bonita da cidade e que dará acesso a Maringá, vai se chamar Avenida Dom Jaime Luiz Coelho.
A futura avenida com o nome do bispo, para quem não sabe, fica em uma área da cidade ainda desocupada, mas será a primeira avenida da cidade com duas pistas, ciclovia, canteiro central, calçadas largas e iluminação especial, e nela ficarão o futuro Centro Cívico, o futuro Batalhão Metropolitano da Polícia Militar e a Subdivisão da Polícia Civil.
São Jorge do Ivaí também
Em São Jorge do Ivaí, que também faz parte da Arquidiocese de Maringá, há um bairro que está em fase de formação que também leva o nome de Dom Jaime.
Outras aventuras
O jornalista Tiago Mathias, que já foi assessor de imprensa de prefeituras, câmaras municipais, vereadores e deputados, não é mais assessor de Gabinete do vereador Doutor Manoel Sobrinho.
É ano de eleição municipal e Tiago tem outros projetos.
Fim de uma história de 60 anos
Vem aí uma mudança na paisagem da Avenida Horácio Raccanello e também da Avenida Pedro Taques.
O Ferro Velho Lima, que existe há 60 anos e é um dos mais antigos de Maringá ainda em funcionamento, está com os dias contados. Os irmãos Lima, proprietários do estabelecimento, desistiram de continuar com o negócio, primeiro porque o barracão na esquina da Raccanello com a Pedro Taques, na beira da linha férrea, já não coaduna com a paisagem do centro da cidade, segundo porque a idade chegou para irmãos Cecil e Sylvio Lima e os descendentes não querem nem ouvir falar em sucatas.
A tristeza já bateu no coração dos irmãos Lima, que não sabem o que farão sem poder mexer naqueles milhões de quilos de ferro que ocupam todo o barracão. Fizeram isso a vida inteira e não saberão ficar parados. Além disso, eles não sabem como se livrar de todo o estoque.
Tem peças lá que entraram no barracão há 60 anos e possivelmente não queiram ser despejadas.
Após desocupado, o barracão dos Lima será alugado ou vendido.
Um buscador de solução
Se alguém percebeu alguma familiaridade no nome, está certo. Sylvio Lima fez fama, saiu em jornais de todo o Paraná, televisão e foi muito comentado quando, ainda no milênio passado, transformou um lago que surgiu no túnel da linha férrea em uma criação de tilápias.
Isso mesmo. A poça de água de chuva tinha mais de 80 metros e 2 milhões de litros de água suja e podre. Era só fedor e criação de pernilongos e mosquitos da dengue. Os meses passavam e como quem tinha que tomar providência não fazia nada, Silvio, cujo ferro-velho fica na beira da linha rebaixada, colocou lá 200 matrizes de tilápia do Nilo, que pelo menos acabaram com os mosquitos e ainda renderam boas pescarias.
Renova ou dança
Essa história de o PT de São Paulo se rebaixar, se humilhar e praticamente implorar pela volta de Marta Suplicy ao partido para ser candidata a vice-prefeita na chapa de Guilherme Boulos (PSOL), comprova o que todos já sabiam: em São Paulo o partido não se renovou nos últimos 30 anos, não surgiram lideranças e está na dependência de líderes de duas ou três décadas atrás, de uma época em que o PT ainda nem tinha chegado à Presidência da República.
Que ninguém se espante se o PT for atrás da Luiza Erundina.
Uma história parecida está acontecendo em Maringá. Em um passado nem tão distante assim, o PT não soube valorizar seu vereador de três mandatos e acabou perdendo Humberto Henrique, que, magoado, até afastou-se da política. Agora, o PT não mede esforços para trazê-lo de volta para ser o candidato a prefeito do partido.
Partido que não se renova fica para trás e acaba.
Quem não se lembra que o PMDB foi o maior partido da América Latina? E de quando o PSDB parecia que só tinha o Serra e o Alckmin para disputar cargos importantes?
Candidata do arco-íris
LGBT não é nome de partido, mas terá candidato na eleição de Maringá.
Ninguém duvida que Maringá já tenha tido vereador gay, mas o armário estava tão bem trancado que ninguém ficou sabendo. Agora a situação é diferente: existe a compreensão que o público LGBTQIA+ deve ter representantes no Legislativo local, como já tem em tantos outros lugares.
Pelo menos um nome já se apresenta para disputar a eleição: Margot Jung, mãe, avó, mulher bissexual, casada com uma mulher, feminista, marchante da Marcha Mundial das Mulheres, secretária estadual LGBT do Partido dos Trabalhadores do Paraná.
Margot, que é graduada em Gestão Pública pela Universidade Estadual de Maringá (UEM), já foi candidata em outras oportunidades, mas ultimamente o público LGBTQIA+ está melhor organizado em busca de seus objetivos e sabe quem defende suas bandeiras.
Vereador perde a cabeça
O vereador Mário Verri (PT) perde a cabeça quando vê em algum site fotos suas com a cabeça cortada. Em outras palavras: fotos sem a cabeça.
Isto aconteceu na cobertura do lançamento do livro “Orelha de Jegue”, do escritor e jornalista Messias Mendes. Havia uma foto dos dois abraçados e, como é sabido, Messias é um grande jornalista e não um jornalista alto e quando abraçou o vereador sua cabeça ficou pouco acima da cintura de Mário.
O coitado do editor do site queimou as pestanas, porque se colocasse o Mário com cabeça, o Messias saia da foto, mas ele era o escritor, a celebridade do evento e, assim dançou a cabeça do Mário.
No dia da homenagem na Câmara ao escritor A.A. de Assis, que é do tamanho do Messias em qualidade e altura, Mário Verri não pode fugir da foto, já que era o autor da homenagem.
A foto lembrou uma passagem do livro “As viagens de Gulliver”.
Falou-se muito dele na matéria, mas a cabeça dançou.
Perder a cabeça na foto não é nada em comparação com as sugestões dos amigos, tipo “deixe de homenagear gente baixinha”, “deixe por perto um banquinho para o homenageado subir para tirar a foto”, “abaixe um pouquinho na hora da foto”, “converse com esses sites, vê se eles postam também fotos verticais”.
Deu água
O apoio à CPI na Câmara de São Paulo para apurar a atuação de ONGs na Cracolândia derrete a cada dia após o autor da proposta, vereador Rubinho Nunes (União), anunciar que incluiria o padre Júlio Lancelotti entre os investigados. Dos 22 signatários, 10 já recuaram.
Ficou claro que o objetivo era prejudicar o padre Júlio. Como ele não tem convênio com a prefeitura, ficou claro que o objetivo da CPI não era cuidar do dinheiro público.
Agora, o feitiço virou contra e quem vai pagar a conta são igrejas evangélicas, sobretudo aquelas que têm pastores que costumam vender os votos de seus fiéis.
O assunto está entre os mais comentados nas redes sociais. Nas postagens, internautas defendem investigação sobre arrecadação de dízimo e candidatura de pastores.
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