economia criativa

A hora e a vez da economia criativa em Maringá

Prefeitura de Maringá vai apoiar ideias originais, produtos autorais e empresas que descobrem novos nichos de mercado que podem levar para o Brasil e para o Mundo produtos com identidade maringaense

Um plano para alavancar a produção autoral, prestigiando novos nichos de mercado e buscando alternativas para a recuperação de áreas da economia local que vêm perdendo força, é uma das novidades que a administração Ulisses Maia apresenta no segundo semestre para o setor econômico de Maringá no ano em que a cidade festeja seu 75º aniversário.  É o Plano Municipal de Economia Criativa, que começa a ser executado nos próximos meses e terá seu ponto alto de execução em 2023.

O Plano faz parte das metas do prefeito Ulisses Maia (PSD) de oferecer incentivo à produção autoral para que a cidade tenha produtos com identidade local, que leve o nome e um conceito de qualidade de Maringá para o Brasil e até para outros países. O projeto prevê até a instalação de um FabLab com oficinas de marcenaria, metalurgia e de costura.

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O secretário Marcos Cordiolli apresentou detalhes do Plano Municipal de Economia Criativa Foto: Aldemir de Moraes

O Plano Municipal de Economia Criativa foi elaborado pela Secretaria de Aceleração Econômica e Turismo (SAET) e selecionado pela Escola Nacional de Administração Pública (Enap) como Programa de Referências, sendo um dos 15 projetos selecionados entre mais de 2 mil apresentados.

“A Economia Criativa é um movimento que reúne conhecimento e criatividade para impulsionar os chamados produtos autorais”, explica o secretário de Aceleração Econômica e Turismo de Maringá, Marcos Cordiolli, que cita como exemplo as cervejarias artesanais, que ganharam fama, prestígio e prêmios para Maringá.

Em um primeiro momento, o Plano terá como áreas prioritárias design, moda, cerveja artesanal, gastronomia, games, decoração, arquitetura, movelaria, souvenirs e produtos turísticos, entre outros que já têm iniciativas próprias dos empreendedores locais. “Cada um desses itens tem um guarda-chuva que abarca vários outros”, explica o secretário. No futuro o projeto chega a outros segmentos.

“Maringá tem tradição no artesanato, boa qualidade, mas que não ganhou características globais enquanto economia criativa e autoral. Muitas vezes, os artesãos reproduzem certos padrões e ficam descolados daquela que seria uma artesania autoral, que avança no valor agregado”, explica Cordiolli, frisando que o ideal é que a cidade tenha um produto que seja identificado como artesanato de Maringá, não mais um artesanato que simplesmente imite o que já existe por aí, sem origem definida.

Economia criativa

A cerveja artesanal de Maringá é tida como um dos melhores exemplos de economia criativa bem-sucedida Foto: Divulgação

O Brasil está cheio de exemplos de produtos que definem uma região e de regiões com produtos com características próprias. Os vinhos da Serra Gaúcha, chocolate de Gramado, café do sul de Minas, acarajé de Salvador, ciranda de Itamaracá, moqueca capixaba, conservatórios de Tatuí, o artesanato de Embu das Artes, a cerveja artesanal de Maringá e vários outros. E há, segundo Cordiolli, espaço para novos produtos fruto da criatividade, produtos autorais. Acaba de surgir, por exemplo, a mini-porta de Maringá.

 

Responsável e sustentável

O secretário diz que o papel da prefeitura, por meio da SAET, será oferecer mecanismos de fomento, incentivo e, principalmente, liderar um processo que apóie o produtor até que ele tenha condições e capacidade de ganhar autonomia.

Esse tipo de apoio será demonstrado durante a Semana do Turismo 2022, em junho, quando a prefeitura promoverá o Circuito Cervejeiro Rota 44, que destacará as cervejarias artesanais de Maringá como destino turístico.

Todas as ações da prefeitura por meio da SAET deverão estar de acordo com a agenda Environmental, Social and Governance (ESG) e com os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da Organização das Nações Unidas (ONU

 

FabLab torna real o que é imaginado

O próximo passo para viabilizar o Plano Municipal de Economia Criativa será encontrar parceiros, o que não deverá ser difícil, já que várias instituições maringaenses defendem idéias parecidas com esta, como é o caso da Associação Comercial, Conselho de Desenvolvimento Econômico (Codem), Universidade Estadual de Maringá, Incubadora Tecnológica, Sebrae e outras.

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O FabLab é uma oficina para uso de quem tiver um projeto e precisar de equipamento Foto: Internet

Com este projeto, Maringá deverá ser uma das primeiras cidades do Brasil a oferecer aos interessados um FabLab, uma ideia criada por um professor do Instituto de Tecnologia de Massachusetts, o conceituado MIT, que consiste em uma pequena oficina oferecendo fabricação digital. Um fablab é geralmente equipado com um conjunto de ferramentas flexíveis controladas por computador que cobrem diversas escalas de tamanho e diversos materiais diferentes, com o objetivo de fazer qualquer coisa que a pessoa conseguir criar em sua mente.

Com um fablab, tanto a pessoa pode criar no computador e executar em materiais do dia a dia, como madeira, chapas de aço ou de alumínio, plástico, papel, vidro, quanto criar o material sólido e passar para o computador para fazer quantas peças quiser.

Segundo o secretário Marcos Cordiolli, o FabLab da prefeitura de Maringá deverá ser instalado na Incubadora Tecnológica, no prédio do antigo IBC (Instituto Brasileiro do Café), próximo à Estação Rodoviária, e terá oficinas de marcenaria, metalurgia e costura. A participação nas oficinas não terá qualquer custo aos interessados.

 

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