A diretoria da Associação dos Profissionais Cinematográficos de Maringá (ProCinema) passou os últimos meses apresentando às autoridades o projeto de implantação de um Pólo Cinematográfico em Maringá e buscando apoio para a viabilização da ideia.
O projeto já foi apresentando na Câmara Municipal, ao Poder Executivo, deputados e até ao governador do Paraná, Carlos Massa Ratinho Júnior (PSD), que concedeu audiência especial à diretoria da ProCinema e colocou sua Secretaria de Cultura à disposição para contribuir com o que for necessário.
Diretores querem apoio de Ricardo Barros
No último fim de semana, a ideia de criação do Pólo foi apresentada ao deputado federal Ricardo Barros (Progressistas), líder do governo Bolsonaro na Câmara. Diretores e deputado dialogaram sobre estratégias para inserir Maringá na rota da obtenção de recursos da Secretaria Especial da Cultura, do Fundo Setorial e da Ancine para o segmento audiovisual maringaense.
Deputado Ricardo Barros recebe diretores da ProCinema Foto: Divulgação
A motivação do encontro foi a divulgação da recente reunião do Comitê Gestor do FSA realizada em agosto e a deliberação de investimento na ordem de R$ 473,2 milhões para o segmento.
Na avaliação dos presentes, Maringá dispõe de diversos atributos para se credenciar ao recebimento de parte desses recursos, em razão de situar-se dentro dos critérios estabelecidos pelo Comitê: ter empresas produtoras que situam-se fora do eixo Rio-São Paulo, contar com produtoras que realizaram no máximo duas produções de longas-metragens, diretores com um único projeto de longa e, ainda, contar com duas exibidoras entre as 10 maiores do país.
Preparação para um mercado específico
A ideia de se criar a Associação dos Profissionais Cinematográficos de Maringá, a ProCinema, foi trazida pelo roteirista José Padilha, que idealizou também o Pólo Cinematográfico. Padilha é um paranaense de Campo Mourão que há décadas se estabeleceu em Curitiba, onde acabou se envolvendo com o audiovisual. Ele considera que Maringá tem as condições ideais para se tornar um pólo de cinema.
Veja a entrevista que ele concedeu à repórter Célia Regina Polesel, da TV Câmara, da Câmara Municipal de Maringá.
Padilha sustenta que esse projeto, quando posto em prática na sua totalidade, pode resultar na criação de 10 mil novos postos de trabalho na cidade, movimentando a economia local pós-pandemia, impactando diretamente a vida de aproximadamente 40 mil pessoas.
“Como os postos de trabalho gerados são de alta qualificação, cuja renda média é o dobro da renda média local, existe a possibilidade concreta de que a ocupação dos postos de trabalho seja feita por profissionais que já estão no mercado de trabalho, o que geraria um efeito cascata, com abertura de mais 10 mil empregos oriundos das vagas abertas nas empresas locais, logo, o impacto econômico do Pólo pode ser ampliado para 80 mil pessoas”, explicou o presidente da ProCinema, José Padilha, apontando uma expectativa considerável para a geração de novos empregos no município.
Imagem Ilustrativa Foto: Divulgação
A contrapartida social do Polo será mais um legado extraordinário para a cidade. A proposta contempla cursos gratuitos de formação na área cinematográfica para jovens a partir de 14 anos, preferencialmente de baixa renda e população considerada de risco.
Quem é quem na Procinema
Além de Padilha, principal mentor do projeto do Pólo Cinematográfico de Maringá, a Associação dos Profissionais Cinematográficos de Maringá, a Procinema, conta com o ator e colunista de Cultura Vital Ben Waisermann, que responde pela Comunicação da entidade, diretor suplente Maurício Borges, 1ª Secretária Vanessa Lopez, 1ª Tesoureira Anna Jansenn e diretor de Fomento a Projetos Industriais, Vaner Valério.