Morreu na madrugada desta sexta-feira, 6, aos 79 anos, Darcy Dias de Souza, fundadora e presidente da Associação Indigenista de Maringá (Assindi) e do Movimento Vez e Voz da Mulher. O velório acontece no salão nobre da capela Prever do Cemitério Parque até as 17 horas, quando o corpo será levado para o Crematório Angelus.
Esposa do advogado Irivaldo Joaquim de Souza e ligada à igreja católica, desde o ano 2000 Darcy esteve ligada à causa indígena e foi quem encabeçou a luta para que os índios da etnia Kaingang tivessem um ambiente para morar enquanto estudavam na Universidade Estadual de Maringá (UEM), ou permaneciam na cidade para tratamento médico, nascendo daí a Assindi, uma instituição pioneira e que acabou sendo útil para as famílias indígenas que vêm a Maringá para comercializar artesanato.
Apesar da idade, Darcy era uma pessoa muito ativa no trabalho na Assindi Foto: Assindi
Seu trabalho já recebeu muitos prêmios e destaque em todo o Brasil. A Assindi venceu o Prêmio Criança da Fundação Abrinq em 2014 ao criar o Centro Social Infantil Indígena Mitangue Nhiri concorrendo com instituições de todo o Brasil que têm trabalho voltado à criança.
O prêmio deu visibilidade a um trabalho que vinha sendo realizado já fazia alguns anos e serviu de exemplo para outras cidades, que começam a replicar a bem-sucedida iniciativa da Assindi.
A proposta de atuação do Projeto Centro Social Infantil Indígena Mitangue Nhiri começa a se disseminar pelo estado do Paraná. O projeto acolhe crianças do povo Kaingang, da Terra Indígena Ivaí, enquanto seus pais vendem artesanato na cidade.
Uma iniciativa nos mesmos moldes foi criada em Curitiba, com uma casa de passagem para os indígenas que vão até a capital paranaense para comercializar seu artesanato.
Também em 2014 Darcy Dias de Souza foi agraciada com o Prêmio Dorcelina Folador, outorgado pela prefeitura de Maringá a mulheres e instituições que prestem serviços relevantes à sociedade.
Veja também