Morreu na manhã deste sábado, 8, a empresária Shirley Pedrosa Moscardi, sócia da Indústria de Embalagens Apolo e uma das fundadoras da Associação Maringaense dos Autistas (AMA). Ela tinha 65 anos e era esposa do jornalista e empresário José Antonio Moscardi. Shirley deixa o marido e os filhos Thais, Flávio e Thiara.
No início de março a empresária testou positivo para covid-19, ficou isolada, mas seu estado se agravou e ela precisou ser internada e intubada. Ela permaneceu dois meses na Unidade de Terapia Intensiva (UTI).
O velório será na Capela Prever do Cemitério Parque. O sepultamento será no Cemitério Parque, porém ainda não foi definido o horário.
Da Clichetec à Apolo
Shirley Moscardi é nascida em Maringá e cresceu na Rua Oswaldo Cruz, na Vila 7. Seu pai, Oésio de Araújo Pedrosa, era o dono do poço artesiano que abastecia várias residências da vila e entre seus familiares estava o garoto Clodimar, que hoje é personagem da história por ter sido brutalmente assassinado por policiais.
Ela foi por vários anos secretária da Clicheria Clichetec, que funcionava dentro do jornal Folha do Norte do Paraná e, após casar-se com o jornalista José Antonio Moscardi, que era da Folha do Norte, se tornou sócia da empresa em que trabalhava.
Shirley e José Antonio Moscardi Foto: Arquivo familiar
O casal comprou partes de outros sócios ao mesmo tempo em que a Clichetec se tornava uma gráfica especializada na confecção de embalagens. Hoje, com o nome Apolo Embalagens, é referência na fabricação de embalagens para o ramo alimentício e uma das maiores indústrias do ramo gráfico em Maringá, atendendo clientes de todo o Brasil.
AMA é modelo para o Brasil
A primeira filha do casal Moscardi foi diagnosticada com autismo, em uma época em que se sabia muito pouco sobre autismo, tratamentos e cuidados. Em 1992, Shirley e José Antonio se reúnem com outros pais de autistas com o propósito de criar uma entidade que pudesse auxiliar as famílias e os próprios autistas, nascendo assim a Associação Maringaense dos Autistas, a AMA, que começou a funcionar com um pequeno grupo de pessoas com Transtorno do Espectro Autista (TEA), a princípio em imóveis cedidos ou alugados.
Hoje, com sede própria, a entidade que José Antonio e Shirley Moscardi ajudaram a criar e dirigiram por muitos anos atende cerca de 100 pessoas, adultas e crianças, com diagnóstico de TEA e é modelo no Brasil.
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