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Queijo do Paraná ganha prêmio no Mondial du Fromage et des Produits Laitiers Tours

Mais uma vez o queijo paranaense volta premiado do maior evento internacional de queijos, o Mondial Fromage et des Produits Laitiers Tours, no Vale do Loire, França. O casal de produtores Leomar Mello Martins e Marisa Alexandre Martins, de Santana do Itararé, que em 2021 já teve um queijo premiado no Mondial de Tours, novamente teve um queijo classificado entre os melhores do mundo.

 

O Mundial de Queijos de Tours, que é realizado a cada dois anos, é considerado o grande salão internacional do queijo na França e é o único concurso francês que aceita queijos de outros países.

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Marisa e Leomar Martins mais uma vez conquistam prêmio no país que sabe valorizar a qualidade do queijo Foto: Divulgação

 

Nesta edição, foram inscritos 1.640 tipos de queijos de 35 países, sendo 288 queijos brasileiros dos Estados do Paraná, Minas Gerais, Bahia, Pará, Ceará, Goiás, Pernambuco, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e São Paulo. O concurso avalia os queijos considerando cinco critérios: aparência, aromas, sabores, textura e equilíbrio.

 

Leomar e Marisa, associados da Capal, receberam medalha de bronze com o queijo autoral Maná Safrás, produzido na propriedade da família, o Sítio Aliança, junto com os filhos Lucas Alexandre Martins e Daniela Maria Alexandre Martins. O casal também foi jurado no concurso juntamente com outros brasileiros.

 

O produtor descreve o queijo como um “sabor característico e diferente”. O Maná Sassafrás é um queijo de meia cura, produzido a partir do leite de Vaca Jersey, macio por dentro e envolto por uma casca temperada com uma erva chamada Sassafrás, que é encontrada no estado do Paraná e muito utilizada no chimarrão, bebida característica da região.

 

O queijo mananciais foi apontado por uma das juradas como semelhante a um queijo francês chamado saint-nectaire. “Elaboramos esse queijo a partir de um curso usando um fungo específico, mas que não é importado. O queijo tem cheiro de terra molhada, interior macio, amarelo e cremoso, dando refrescância na boca e vontade de comer mais”, descreve Leomar.

 

O maná meia cura com fungo conta com café especial do Norte Pioneiro na sua composição. Bem maturado, apresenta uma capa de fungo por fora, com um leve toque de café. “Esse queijo já foi medalhista na França e recebeu um incremento a mais para essa competição do Paraná”, destaca Leomar.

 

Com a parte interna amarela, o maná safrás tem em sua composição uma planta chamada sassafrás, característica da região de Jaguariaíva, usada para chimarrão. “Quando alguém morde o queijo sente uma queimadinha e depois o sabor dá uma adocicada e refrescância.”

 

“Cada vez que participamos é uma experiência a mais e, para nós, é muito importante. A nossa cidade é tão pequena e levamos o bronze, sendo o único queijo paranaense premiado, isso mostra que estamos no topo dos melhores queijos do mundo”, comemora Leomar.

 

O produtor destacou ainda que a Capal é o ponto de apoio em todo esse processo. “A cooperativa nos ajuda com a assistência técnica e nos dá todo o suporte para realizarmos uma nutrição equilibrada para as vacas. Eu vejo a Capal como uma grande cooperativa que fazemos parte e que nos ajudou desde os primeiros queijos que produzimos. Sempre esteve do nosso lado e somos muito gratos por isso”, apontou.

 

 

Além do Maná Sassafrás, tem o Maná Concafé

 

Em 2021, o queijo Maná Concafé Gourmet, também de autoria do casal Martins, recebeu medalha de prata no Mondial du Fromage et des Produits Laitiers de Tours. O Concafé tem uma característica única e marcante, com um leve toque do café no seu interior, feito com cafés especiais.

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Com incentivo do governo, por meio do IDR, o Paraná está investindo no aprimoramento dos queijos artesanais Foto: Arquivo

 

 

Os produtores também acumulam outros prêmios nacionais, como o 2º Melhor Queijo do Paraná (IDR-PR/Emater – 2018); Mundial em São Paulo em 2022 (uma medalha de prata e duas de bronze); Queijo Paraná em 2023 (três medalhas super ouro, quatro medalhas de ouro e uma medalha de prata).

 

 

Queijos brasileiros conquistam 81 medalhas no Mundial de Tours

 

Na 6ª edição do concurso de queijos e produtos lácteos do Mundial do Queijo de Tours, na França, os brasileiros ganharam 81 medalhas entre as mais de 900 anunciadas pela organização. Veja a lista completa no site da Associação SerTãoBras. Em 2021 foram 57 medalhas.

 

Os 250 jurados analisaram 1640 queijos, sendo 288 queijos brasileiros de Minas, Bahia, Pará, Ceará, Goias, Paraná, Santa Catarina, Pernambuco, Rio Grande do Norte, Rio de Janeiro, Santa Catarina e São Paulo. 

 

Todos os 91 produtores inscritos são da SerTãoBras, uma associação brasileira de agricultores, curadores, queijistas (lojistas) e pesquisadores especializados em queijos que tem um stand no evento com degustação de queijo, pão de queijo e especialidades brasileiras.

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Os queijos brasileiros chamaram a atenção no Vale do Loire Foto: Divulgação

 

 

Para o evento, foi organizada uma missão técnica para 35 pessoas que vai percorrer mais de mil quilômetros de ônibus para conhecer nove regiões queijeiras de denominações de origem protegida, do sul ao norte, de Roquefort à Tours.

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