O temporal que se abateu sobre a região de Maringá na madrugada desta quinta-feira, 7, foi considerado um dos maiores das últimas estações, com ventos que em alguns momentos chegaram a 130 quilômetros por hora e o volume de chuva em duas horas foi superior ao que choveu durante o mês de setembro inteiro.
Em Maringá, Paiçandu, Mandaguaçu, Ivatuba e Doutor Camargo equipes ainda trabalham para restabelecer o fornecimento de energia elétrica, água e mesmo o trânsito. Em muitos lugares ainda há árvores caídas sobre casas e nas ruas. Também nesta madrugada, temporal derruba ginásio de esportes de Mandaguaçu, uma construção de mais de 30 anos.
Inacreditável tô até agora com o coração partido, o Abelhão tem muita história e ver ele no chão é triste. Nosso time esta em preparação pra duas competições importa e o tanto que treinar nessa quadra nós ajuda pelo fato dela ser oficial a gente sempre teve uma preparação ótima pic.twitter.com/ZkotQX3tpw
— Borel (@borel_lol) October 7, 2021
De acordo com a Estação Climatológica da Universidade Estadual de Maringá (UEM), em cerca de duas horas choveu quase 60 milímetros, mais do que no mês setembro inteiro, quando choveu a média de 50 milímetros na região.
Segundo a Coordenadoria da Defesa Civil de Maringá, pelo menos 70 árvores caíram ou tiveram derrubadas galhadas pelo vento e vários postes também caíram, deixando vários bairros da zona norte sem energia. O coordenador da Defesa Civil, Adilson Costa, diz que os danos foram maiores dos jardins Quebec, Palmares, Parque das Palmeiras e o distrito de Iguatemi. Na zona rural, além de queda de árvores, houve destelhamento de barracões usados para a criação de bicho-da-seda.
Abelhão não resistiu
O município de Mandaguaçu foi o mais atingido da região. Dezenas de árvores caíram e prédios e casas tiveram a estrutura comprometida. Mas, o prejuízo maior foi a queda do ginásio de esportes Pedro Bioni, o Abelhão, mas margens da BR-376.
TEMPO | Vendaval na madrugada de hoje colocou abaixo o Ginásio de Esportes Pedro Bioni, conhecido como “Abelhão”, em Mandaguaçu (PR), na região de Maringá. pic.twitter.com/kuJwIhSqnf
— MetSul.com (@metsul) October 7, 2021
Não foi o vento que provocou a queda, mas o peso da água acumulada no teto, que forçou a estrutura de 3 mil metros quadrados. Com o desabamento da estrutura metálica do teto, também paredes foram abaixo.
O secretário de Segurança de Mandaguaçu, Pedro Manzano, acredita que será difícil aproveitar qualquer parte do que foi o ginásio de esportes da cidade nos últimos 33 anos.