O oposto do Cruzeiro, Wallace, que fez uma publicação em rede social de uma enquete que perguntava “quem daria um tiro na cara do Lula com essa 12?”, foi suspenso pelo Sada Cruzeiro por tempo indeterminado. A medida foi anunciada pela assessoria da equipe de vôlei. A suspensão conta a partir desta terça.
Nesta terça, mesmo dia em que fez a postagem, Wallace virou manchete nos sites dos maiores jornais do Brasil do mundo, gravou um vídeo pedindo desculpas e foi denunciado pelo governo brasileiro, além do afastamento pelo Cruzeiro, time mais vencedor do vôlei masculino brasileiro.
Jogador Wallace já está enfrentando problemas por sua postagem Foto: Redes sociais
Para complicar ainda mais a situação campeão olímpico, declaradamente apoiador do ex-presidente Jair Bolsonaro, o Comitê Olímpico do Brasil (COB) anunciou que encaminhou uma representação ao Conselho de Ética da entidade.
O atleta, que foi campeão olímpico em 2016, é entusiasta de armas de fogo, e faz publicações sobre o tema em seu perfil. Wallace também já fez posts em apoio a Jair Bolsonaro durante as eleições e com críticas a Lula após o resultado do pleito em outubro.
O Cruzeiro informou que o atleta foi afastado por tempo indeterminado e que o clube está atento aos desdobramentos legais do que chamou de “lamentável episódio”.
“A diretoria do Sada Cruzeiro, reforça, novamente, que repudia qualquer ato que possa significar incitação à violência, após as postagens do atleta Wallace. Atento aos desdobramentos, o clube informa que vem tomando providências diante do fato. O clube exigiu do atleta Wallace a plena retratação e um pedido de desculpas a todos que se sentiram ofendidos com as suas postagens. Conforme previsto em contrato, o Sada Cruzeiro informa que Wallace será punido com afastamento e uma suspensão por tempo indeterminado, a partir desta terça-feira”, diz a nota do clube.
O caso ganhou contornos extra esportivos. Após a publicação da enquente por Wallace Leandro, o ministro da Secretaria da Comunicação do Governo Federal, Paulo Pimenta, anunciou que acionou a Advocacia-Geral da União (AGU). O ministro afirmou que vai tomar as “providências necessárias.