Ciclovia da Avenida Tuiuti será a mais moderna de Maringá e modelo para o Brasil

Segundo Mário Verri, há anos ele luta para que a Avenida Tuiuti também tenha uma ciclovia e, diante da possibilidade de Itaipu Binacional entrar com recursos financeiros para a construção, foi possível à Secretaria de Mobilidade Urbana (Semob) de Maringá elaborar um projeto de uma ciclovia modelo, possivelmente a mais moderna do Paraná e que certamente será referência no Brasil.

O projeto-piloto faz parte do Programa de Mobilidade de Baixo Carbono, elaborado após o Acordo de Paris, firmado pela comunidade internacional para combater as alterações climáticas no mundo, e o compromisso do Brasil de reduzir as emissões de carbono até 2030. Brasília, Belo Horizonte e São Paulo também fazem parte do programa e serão responsáveis pela elaboração do caderno técnico de referência em mobilidade por bicicleta.

A ciclovia da Tuiuti contará com quatro estações de apoio aos ciclistas, com ferramentas, bebedouros, bancos, bicicletário e outros equipamentos. O projeto inclui ainda novos semáforos para pedestres, ciclistas, equipamentos de acessibilidade, sinalização tátil e outros aspectos que fazem parte de um estudo de tráfego desenvolvido por técnicos da Semob.

Não se trata apenas de uma ciclovia, mas de um projeto de reconstrução viária e que vai garantir ainda mais segurança aos ciclistas e diversas melhorias em mobilidade urbana para quem utiliza esse trecho”, afirmou o prefeito Ulisses Maia.

“É uma grande alegria viabilizar a apresentação do projeto de construção da ciclovia da Avenida Tuiuti, junto ao Executivo, ao diretor-geral brasileiro da Itaipu Binacional, Enio Verri. Já faz anos que vejo a necessidade desta ciclovia e sei o quanto ela facilitaria a vida dos ciclistas que passam nesta região”, disse o vereador petista.
Mário Verri diz acreditar que, com segurança e com toda essa infraestrutura instalada, as pessoas vão mudar sua forma de deslocamento, optando por veículos não motorizados. “Isso é um movimento em todo o país e, com esse investimento, pensamos que estamos mudando uma realidade”, disse.


Com a experiência de quem pedala todos os dias desde o Jardim Piatã até a área central de Maringá, o torneiro Paulo José da Silva comemorou a informação de que logo vai contar com uma ciclovia na Avenida Tuiuti. “Vou para o trabalho de bicicleta todos os dias, mas é complicado pedalar disputando espaço com tantos carros, principalmente porque subo justamente no horário de pico”, diz. Segundo ele, com a ciclovia ele vai poder seguir em segurança até próximo à Rodoviária, onde pegará a ciclovia da Avenida Horácio Raccanello para chegar ao serviço, na Avenida Mauá. Se estiver com tempo sobrando, poderá subir mais duas quadras e pegar a ciclovia da Avenida Brasil.


Rumo aos 57 quilômetros

Após receber o Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob), a Prefeitura de Maringá trabalha para aplicar o que foi definido no estudo dos modais de trânsito da cidade. O Plano indica a criação de um circuito integrado de ciclovias, que formará um quadrilátero para ligar bairros distantes.

 

Atualmente, Maringá tem 44 quilômetros de ciclovias. O objetivo da gestão municipal é chegar a 57 km até o fim de 2024. O PlanMob apontou que 52% dos maringaenses usam a bicicleta pela economia proporcionada com deslocamento para o trabalho, 34% para ir para a escola, 8% por questões de saúde e forma física e 6% para lazer. As bicicletas correspondem a 6% dos deslocamentos em Maringá, o dobro da média nacional, que é de 3%.

 

As novas ciclovias e a integração das vias vão ampliar o conceito da bicicleta como meio de transporte em Maringá. “A gestão Ulisses Maia colocou Maringá como referência no uso da bicicleta como meio de transporte”, reforça o secretário de Mobilidade Urbana, Gilberto Purpur.

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