Sem as fórmulas prontas de editores que passaram por grandes jornais ou seguiam os manuais das faculdades de Comunicação, o então repórter Edson Lima teve que apelar para a criatividade e a camaradagem quando inesperadamente foi escolhido para o cargo de redator-chefe do O Diário do Norte do Paraná. E deu certo. Ele foi o profissional que permaneceu mais tempo na chefia da Redação nos 45 anos do matutino.
“Eu tinha que atender os interesses dos proprietários do jornal, do Departamento Comercial, mas tinha que pensar também em quem está lá na outra ponta, o leitor, que merece um noticiário o mais isento possível, o mais sério, aquele em que se pode acreditar”, dizia Lima.
Pensando assim, ele era um dos primeiros a chegar à Redação a cada dia de trabalho, pensava a pauta do dia, colocava os repórteres na rua e, numa época em que ainda não se podia contar com a parceria da Internet, passava o dia acompanhando os fatos na cidade, no Estado, no País e no Mundo. No final do dia, reunia a equipe para escolher a manchete, quais as matérias de maior destaque e, por último, ia para a Diagramação bolar a capa.
Depois de deixar a chefia da Redação, Edson Lima assumiu a direção artística da Rádio Cultura AM, adquirida pelo dono do jornal, Frank Silva, que sempre teve o sonho de adquirir a emissora onde iniciou sua vida na Comunicação. Lima comandou o programa “Dia a Dia”, um noticioso de grande audiência em uma época em que as emissoras AM já tinham sido suplantadas pelas FMs.
O radialista Edson Lima morreu em dezembro de 2016 depois de duas semanas internado