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Lurdes Augusta Gomes, pioneira da Vila Operária, agora é nome de ciclovia

A pioneira Lurdes Augusta Gomes, que morreu em março aos 83 anos, uma das mais antigas moradoras da Vila Operária, mãe de pessoas envolvidas com o futebol e com o antigo Grêmio de Esportes Maringá, está sendo homenageada pelo município de Maringá, que deu o nome dela à ciclovia que acaba de ser construída no canteiro da Avenida Riachuelo, central e mais importante via pública do bairro.

Dar o nome de dona Lurdes na ciclovia foi uma iniciativa da vereadora Ana Lúcia Rodrigues (PDT), aprovada pela Câmara e transformada em Lei Municipal pelo prefeito Ulisses Maia (PSD), que também é da Vila Operária, onde nasceu e cresceu.

Assim, a faixa destinada aos ciclistas no bairro em que dona Lurdes viveu mais de 60 anos, criou seus filhos e participou ativamente da vida da vila passa a chamar Ciclovia Pioneira Lurdes Augusta Gomes.

A pioneira chegou à Vila Operária na década de 1950, quando o marido, Ervércio Albano Gomes, funcionário do DER (Departamento de Estradas de Rodagem) foi transferido de Cambará para Maringá. 

Ervércio e Lurdes compraram um terreno quase no final da Travessa Botafogo, que na época era o fim da cidade. Ali viram nascer e criaram os filhos Milton, Mauro, Maurício, Isaac, Laércio, Ailton e Luiz Carlos, só homens e todos dedicados ao esporte. Alguns deles ainda moram no mesmo terreno em que nasceram.

Milton, o mais velho, é o Miltinho que desenvolve um projeto esportivo no Estádio Brinco da Vila, é professor de Educação Física em escola pública e tem um trabalho há anos no Centro Português. No passado ele foi técnico dos times de base do Grêmio de Esportes Maringá e ganhou vários títulos nas décadas de 1980 e 1990, chegando a ser considerado o melhor técnico do Paraná.

Os outros filhos foram jogadores, gandulas, tudo em termos de futebol. Alguns chegaram a jogar no Grêmio.

Mas, dona Lurdes também tinha suas ligações com o clube que representava Maringá no futebol paranaense. Como era lavadeira, vários jogadores levavam suas roupas para ela lavar, entre eles o artilheiro Itamar, também Freitas, Marquinhos e outros.

“A nossa casa era uma extensão da casa deles”, conta Miltinho. “Antes de cada jogo, minha mãe abençoava os jogadores. Era de coração. E de fato os jogadores fizeram muito sucesso e o Grêmio entrou para a história com um título de campeão paranaense”.

 

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