Morre Geovane Amaro

Com queimaduras em mais de 90% do corpo, morre Geovane Amaro, que tentou salvar irmãos em incêndio

Morreu na madrugada desta quarta-feira, 15, o jovem Geovane Amaro da Silva, de 19 anos, terceira vítima do incêndio que na madrugada do dia 7 destruiu a casa da família na esquina das ruas Pioneiro Lívio Olivo e Paisagística, onde o Parque das Laranjeiras se limita com o fundo de vale do Ribeirão Maringá. Durante o incêndio morreram os meninos Kleber Rogério Cavalheiro, de 6 anos, e Jean Antonio Baierli, de 13, e, segundo testemunhas, Geovane teria tentado salvar os irmãos e teve mais de 90% do corpo queimado.

 

Geovane Amaro, que primeiro permaneceu na Unidade de Teerapia Intensiva (UTI) da Santa Casa de Maringá, estava no Hospital Evangélico de Curitiba, onde morreu nesta madrugada. 

 

 

Acumulação de roupas do piso ao teto

A tragédia aconteceu na casa em que a cozinheira Aparecida vivia com quatro netos – Angelo Gabriel, de 9 anos, conseguiu sair sem ser atingido pelas chamas. A estava cheia de tecidos, do piso ao teto, em todos os cômodos, a ponto de ser difícil a movimentação dos moradores. A família não conseguia receber visitas porque não tinha como entrar, não havia espaço para ficar, apenas pilhas de roupas do piso ao teto.

 

Segundo familiares e vizinhos, dona Aparecida, uma viúva de 66 anos, sofre da síndrome de acumulação compulsiva, transtorno mental que faz alguém ter grande dificuldade em se livrar de objetos que não têm valor ou são de pouca importância para outras pessoas. Todos os dias ela chegava em casa com sacolas de roupas ganhadas ou achadas nas ruas, que iam sendo amontoadas dentro de casa.

 

O neto Angelo acordou durante a noite e viu uma tomada faiscando e minutos depois irrompeu o incêndio, que atingiu as montanhas de roupas, dificultando a saída dos moradores. Angelo e Geovane conseguiram sair da casa, mas Geovane voltou para tentar retirar do quarto Jean e Kleber e acabou sofrendo queimaduras em mais de 90% do corpo.

 

Geovane foi atendido primeiramente na Santa Casa de Maringá e foi transferido para Curitiba, mas seu estado era muito grave e o rapaz de 19 anos não resistiu.

 

 

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