Por unanimidade, os vereadores de Maringá aprovaram projeto de lei que dá à ciclovia da Avenida Maria Klapier Urbinatti, na zona norte da cidade, o nome da professora Magda Lúcia Félix de Oliveira, docente do curso de Enfermagem da Universidade Estadual de Maringá (UEM) e primeira mulher eleita superintendente do Hospital Universitário, ela foi também a primeira superintendente do HUM que não era médica.
A enfermeira Magda morreu em março deste ano aos 64 anos. Na época, o reitor Leandro Vanalli disse que “a professora Magda de Oliveira representa a história da luta pela universidade pública e gratuita, especialmente no que diz respeito à luta em favor do Sistema Único de Saúde”.
A homenagem foi proposta pela vereadora Ana Lúcia Rodrigues (PDT), que foi colega de Magda na UEM e em vários projetos, e aprovada por todos os vereadores.
Ana Lúcia destacou que mesmo antes de assumir a chefia do HUM Magda Lúcia já era ferrenha lutadora pela saúde publica de qualidade e defensora do Sistema Único de Saúde, o SUS, além de estar sempre pronta para participar de projetos em favor dos mais pobres.
Coincidentemente, a ciclovia que ganhará o nome de Magda Lúcia passa ao lado do campus da UEM, seu local de trabalho por décadas.
Agora são 45 quilômetros de ciclovias
Com a ciclovia da Avenida Mario Clapier Urbinati, que a partir da promulgação da Lei pelo pelo prefeito Ulisses Maia (PSC) ganha o nome da enfermeira Magda Lúcia Félix de Oliveira, Maringá chegou a 45 quilômetros de ciclovias. Ela foi inaugurada em setembro, ligando a região da UEM a Praça Pioneiro Jacinto Ferreira Branco.
A nova ciclovia cria a primeira ciclorrota da cidade – vias compartilhadas entre bicicletas e veículos motorizados com velocidade reduzida – ao se juntar com a ciclofaixa da Avenida Lauro Werneck.
Em Maringá, as bicicletas correspondem a 6% dos deslocamentos. A média nacional é de 3% em cidades com população semelhante, segundo o Plano de Mobilidade Urbana (PlanMob).
Esqueceram “seo” Antonio Manfrinato e sua bicicleta
Moradores da Zona 7, especialmente da região conhecida como Vila 7, são da opinião que a ciclovia da Avenida Mário Clapier Urbinati levasse o nome do pioneiro Antonio Manfrinato, que morreu há um ano com 100 anos de idade.
Os motivos são muitos para isso, a começar pelo fato de “seo” Tonico, como era chamado, ser o primeiro morador da Zona 7, ter tido influência na criação da Escola Isolada Santa Maria Goretti, que depois virou escola municipal, mais adiante foi grupo escolar e por último colégio estadual; também tem participação na criação da Paróquia Santa Maria Goretti, administrou por décadas o cafezal que deu lugar ao campos da UEM e foi grande divulgador da bicicleta como meio de locomoção. Para concluir, a ciclovia passa exatamente no lugar em que era a casa da família Manfrinato.
Por décadas, Manfrinato e sua bicicleta percorreram o local onde hoje é a ciclovia e que antes era uma trilha no meio do mato.
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